quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Semana Nacional do Livro e da Biblioteca.




De 23 a 29 de outubro, é comemorada a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, instituída pelo Decreto Lei nº 84. 631, de 2 de abril de 1980, bem como o Dia Nacional do Livro, também no dia 29, pela Lei nº 5.1912, de 18 de dezembro de 1966.



A Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, instituída pelo Governo Federal, é um instrumento fomentador do Livro e da Leitura, viabilizada pelos órgãos de Classe de biblioteconomia em parceria com órgãos públicos e privados como contribuição para o crescimento de uma sociedade em estado de Cidadania.



Objetivos e Metas

O objetivo central da Política de Estado aqui delineada é o de assegurar e democratizar o acesso à leitura e ao livro a toda a sociedade, com base na compreensão de que a leitura e a escrita são instrumentos indispensáveis na época contemporânea para que o ser humano possa desenvolver plenamente suas capacidades, seja no nível individual, seja no âmbito coletivo. Há a convicção de que somente assim é possível que, na sociedade da informação e do conhecimento, ele exerça de maneira integral seus direitos, participe efetivamente dessa sociedade, melhore seu nível educativo (em amplo sentido), fortaleça os valores democráticos, seja criativo, conheça os valores e modos de pensar de outras pessoas e culturas e tenha acesso às formas mais verticais do conhecimento e à herança cultural da humanidade. Trata-se de intensa valorização dos caminhos abertos ao indivíduo pela cultura escrita, sem que se deixe de reconhecer e se tente apoiar e preservar a cultura oral de nosso povo. Busca-se criar condições necessárias e apontar diretrizes para a execução de políticas, programas, projetos e ações continuadas por parte do Estado em suas diferentes esferas de governo e também por parte das múltiplas organizações da sociedade civil, lastreada em uma visão republicana de promoção da cidadania e inclusão social e segundo estratégias gerais para o desenvolvimento social e de construção de um projeto de Nação que suponha uma organização social mais justa.
São estabelecidos aqui alguns objetivos que devem ser alcançados a curto, médio e em longo prazo:

a) formar leitores, buscando de maneira continuada substantivo aumento do índice nacional de leitura (número de livros lidos por habitante/ano) em todas as faixas etárias e do nível qualitativo das leituras realizadas;

b) implantação de biblioteca em todos os municípios do país (em até 2 anos);

c) realização bienal de pesquisa nacional sobre leitura;

d) implementação e fomento de núcleos voltados a pesquisas, estudos e indicadores nas áreas da leitura e do livro em universidades e outros centros;

e) concessão de prêmio anual de reconhecimento a projetos e ações de fomento e estímulo às práticas sociais de leitura;

Entrevista com Dermeval Saviani sobre o PDE.

PDE só acontece com colaboração de gestores



 

Dermeval Saviani, professor da Unicamp, diz que plano do governo precisa da adesão dos gestores.


Se fosse um aluno, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), política educacional do atual governo, estaria ainda nos primeiros anos de escolaridade. Lançado em 2007 pelo Ministério da Educação (MEC) como um conjunto de metas e ações, o PDE vem ganhando corpo e ampliando suas atividades com a adesão maciça de estados e municípios. Seu objetivo é ambicioso: elevar o nível da Educação brasileira aos patamares dos países desenvolvidos. O prazo vai até 2022. Para medir essa evolução, foi criado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que afere o desempenho de escolas, municípios, estados e do país e define a política de investimento de recursos na Educação. Conforme avança, o PDE recebe análises mais aprofundadas. Uma delas foi feita por Dermeval Saviani, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e especialista em história da Educação. Ele acaba de lançar o livro PDE: Análise Crítica da Política do MEC, no qual discute as virtudes, os problemas e os desafios do plano. "O PDE é a primeira política pública educacional a encarar a questão da qualidade do ensino como prioridade. Mas ele é só o primeiro passo", afirma. Nesta entrevista, ele fala da importância do trabalho dos gestores para que as metas sejam atendidas.

É novidade o Brasil ter um plano que pense no desenvolvimento e na qualidade da Educação?
DERMEVAL SAVIANI
A Educação Básica nunca foi objeto de planos nacionais quando estava sob a responsabilidade das províncias, durante o Império (1822-1889), e depois dos estados, na Primeira República (1889-1930). O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932, foi um dos primeiros movimentos a chamar a atenção para a necessidade de planejar a Educação e organizá-la em todo o território. A Constituição de 1934 criou o primeiro Conselho Nacional de Educação e determinou que se formulasse um plano nacional, elaborado em 1937 durante a gestão do ministro Gustavo Capanema. O documento até era bem detalhado, mas, com o golpe do Estado Novo, que aconteceu naquele mesmo ano, ele não chegou a ser implantado. A ideia só foi retomada com a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que deu entrada no Congresso Nacional em outubro de 1948 e tramitou por 13 anos, mas nela a preocupação era mais econômica, de distribuição de recursos.

Nenhum documento se preocupava com a qualidade do ensino?
SAVIANI
Temos na história da Educação visões diferentes do que deveria ser um plano nacional. O primeiro tinha uma orientação moderna e renovadora, mas não foi implantado. Durante o Estado Novo, regras autoritárias serviram mais como controle ideológico-político, o que se repetiu durante a ditadura. E a preocupação da primeira LDB se restringia apenas ao financiamento.

Como o PDE se insere nesse processo histórico?
SAVIANI
A LDB de 1996, seguindo uma determinação da Constituição de 1988, estipulou um ano para a elaboração de um plano nacional, concebido com a junção de duas propostas: uma do governo federal e a outra de um grupo de educadores. Os dois textos foram unificados e o Plano Nacional de Educação (PNE) foi convertido em lei em 2001, com vigência até janeiro de 2011. Já o PDE, lançado em 2007, não é um plano e não substitui o PNE. Ele é uma política pública, um conjunto de medidas e metas para o país, estabelecido por decreto. É, portanto, um ato do poder executivo, não uma lei, e está mais ligado ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que envolve ações em diferentes áreas da economia para impulsionar o crescimento econômico do país. Como o PAC previa que cada ministério deveria ter um plano de atuação, o MEC reuniu um conjunto de ações que já desenvolvia, acrescentou algumas novas e assim nasceu o PDE.

O PDE propõe ações eficientes para a Educação ter qualidade?
SAVIANI O grande ponto positivo do PDE é justamente ele se dispor a combater o ensino ruim que a Educação Básica oferece. A partir da década de 1990, tivemos avanços na questão quantitativa. Porém não basta garantir o ingresso. É preciso também assegurar a conclusão. Até 2007, as políticas desenhadas para garantir a permanência das crianças deixaram a desejar do ponto de vista pedagógico, pois se preocupavam apenas em aumentar o número de alunos que chegavam ao 9º ano (8a série), sem garantir a aprendizagem.

O que mudou com o Plano de Desenvolvimento da Educação?
SAVIANI
O PDE atrelou a permanência na escola à qualidade do ensino e para isso instituiu o Ideb. Ele é uma composição do resultado dos alunos em avaliações nacionais, como a Prova Brasil e o Sistema de Avaliação do Ensino Básico (Saeb), com as taxas de aprovação e evasão de cada escola. Assim, ele não ficou apenas como um número nacional, mas está conseguindo refletir a realidade das unidades de ensino. Isso permite identificar os pontos de estrangulamento e tomar medidas para saná-los. E o MEC tem feito isso, atuando nos municípios prioritários (aqueles com pior desempenho no Ideb), reforçando neles o apoio técnico e financeiro que a Constituição determina que a União preste aos entes federativos.

Depois de dois anos, já é possível dizer que o PDE "pegou"?
SAVIANI Apesar de as metas do PDE serem nacionais e de caráter geral, elas só têm expressão no trabalho efetivo que cada escola realiza. Vivemos em um contexto federativo, ou seja, fora de um sistema nacional. Por isso, é imprescindível a adesão de estados, municípios e escolas. Se os gestores não traduzirem os propósitos e as metas do PDE para as condições específicas de cada unidade, jamais os objetivos serão atingidos. É claro que as dificuldades históricas da nossa Educação, como a infraestrutura, a dupla jornada dos docentes e tantas outras, limitam a ação de diretores, coordenadores e orientadores. Mas há aspectos que dependem diretamente da própria gestão da escola. Um deles é essencial: ter clareza sobre o sentido da Educação escolar para distinguir o que é imprescindível para o trabalho pedagógico do que é secundário. Sem isso, toda a ação da escola se dilui. Se tudo for importante, se tudo for currículo, a tendência é todas as ações da escola terem o mesmo peso. Assim, se abrem as portas para o espontaneísmo, o que inviabiliza o alcance de metas.

O que é imprescindível para o trabalho pedagógico?
SAVIANI O principal é viabilizar o acesso à cultura letrada. O saber espontâneo não depende da escola. Não precisamos dela para aprender a falar, andar e brincar. Mas é necessária toda uma estrutura para aprender a ler e a escrever, já que a escrita não é uma linguagem espontânea. Ela é codificada e precisa de processos formais de aquisição. A escola foi criada com esse papel e até hoje, apesar das críticas, não se descobriu um mecanismo melhor. Os gestores precisam ter consciência de que a aquisição desse conhecimento demanda tempo e uma ação pedagógica contínua e planejada.

No cotidiano do gestor, como as ações podem traduzir a preocupação com o pedagógico?
SAVIANI
As questões do dia a dia têm de ser trabalhadas constantemente para que as metas do PDE sejam atingidas. Por exemplo, antes de programar uma excursão, há de se perguntar: quantas horas de aula a atividade vai tomar? Ela compete com os objetivos da escola ou contribui para que eles sejam atingidos? Naquela oportunidade, o aluno vai desenvolver e aprofundar conhecimentos que as aulas propiciaram? Os gestores - ao organizar e dar forma à escola - devem estar atentos a esse enfoque principal da aprendizagem, de tal modo que aquilo que favorece o alcance das metas deve ser incentivado e promovido, e o que entra em conflito, evitado. Quando um diretor acha que a principal função da escola é "que as crianças interajam" ou um orientador educacional fala que para ele "não importa se a criança está aprendendo porque isso deve ser uma preocupação dos professores", por exemplo, o sentido principal do trabalho pedagógico e da própria existência da equipe de gestão já se perdeu e as dificuldades vão aparecer.

Já é possível observar ganhos trazidos pelo PDE para a Educação do país?
SAVIANI
Ainda é cedo para avaliar resultados, mas penso que para avançar no ritmo desejado é necessário mais do que o PDE prevê. O MEC se propôs a dar suporte técnico, encaminhando consultores aos estados e municípios para ajudar a definir o Plano de Ações Articuladas (PAR), que seria o PDE local. Por meio dele, os gestores identificaram as prioridades para a Educação da sua cidade e estado e escolheram os programas apoiados pelo MEC que querem implantar. Isso não é suficiente. Primeiro, porque os consultores enviados, em geral, desconhecem a realidade dos locais que visitam e têm limitações de formação pedagógica. Em segundo, muitas escolas operam em condições tão precárias que, por melhores que sejam as orientações que recebam, não vão conseguir se enquadrar no plano. Seria necessário, antes de tudo, investir substancialmente naqueles pontos que historicamente são deficientes, como a infraestrutura e a formação de professores que atendam às necessidades locais.

Em 2010, teremos eleições. Há garantias de permanência do PDE?
SAVIANI
Em abril de 2010, teremos a Conferência Nacional de Educação. Ela será decisiva para estabelecer mecanismos que não sejam facilmente desmontáveis com a mudança no governo. Mesmo se o presidente Lula fizer o sucessor, pode haver rupturas. Política é sempre uma correlação de forças que depende da situação. O plano em si se baseia em alguns aspectos da Educação que são consensuais e também por isso os estados e municípios aderiram. O problema é o conteúdo com o qual você recheia a ossatura do PDE.

Com a conclusão do plano em 2022, a Educação brasileira estará melhor?
SAVIANI O PDE não garante isso. Para que a qualidade da Educação seja assegurada, essa área deveria ser tratada como uma questão de Estado e não de governo. Precisamos de uma estrutura com relativa autonomia e bastante distanciada daquilo que eu chamo de política miúda, que envolve os embates entre partidos. Essa estrutura envolveria um Conselho Nacional de Educação que não fosse meramente homologatório, mas deliberativo e autônomo em relação ao Executivo. Ele deveria funcionar quase como um órgão judiciário para normatizar e fiscalizar a Educação.

Como deveria funcionar um órgão regulador da Educação?
SAVIANI Seria um espaço para que a sociedade civil avaliasse as políticas educacionais e propusesse alterações de rumo, a exemplo do que sugeria a primeira LDB, na década de 1960, que previa a criação de um Fórum Nacional de Educação nesses moldes. Enquanto a Educação ficar sujeita às disputas políticas, vão acontecer discrepâncias, como o Governo Federal ter um indicador de qualidade, o Ideb, e São Paulo criar o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp). É uma concorrência que não favorece o desenvolvimento da Educação. A descontinuidade da política educacional é uma realidade histórica no Brasil. A receita para solucionar isso é composta de três ingredientes: a Educação ser tratada como questão de Estado, a criação de um sistema nacional que garanta o mesmo padrão de qualidade para todas as escolas e um plano nacional que fixe, com clareza, as metas e os recursos necessários.

Em que pontos o PDE ainda precisa avançar?
SAVIANI Há duas questões conceituais. A primeira é que, inevitavelmente, o índice se expressa de forma numérica, o que traz certa confusão na interpretação e na divulgação. É preciso ter atenção na hora de compreendê-lo e introduzi-lo nas redes e escolas. Os gestores têm de entender e saber demonstrar as ações que levaram a sua escola a ter um aumento na nota do Ideb. O crescimento de 3,8 para 4,2, por exemplo, reflete a melhora da qualidade da aprendizagem por que motivo? O que foi feito? O projeto político pedagógico estava consistente? A segunda questão está nas provas usadas no cálculo do Ideb. Os exames nacionais desconsideram as especificidades da aprendizagem em diferentes locais. Com isso, é possível questionar até que ponto eles de fato medem a qualidade. Há ainda outra questão: o PDE tem tantas ações que elas se justapõem e o foco na qualidade se perde pela dispersão de atenções e recursos. Não há como atender à informatização das escolas, ao transporte e à expansão do Ensino Superior e das escolas técnicas simultaneamente com o mesmo grau de investimento e qualidade.


Fonte: Revista Nova Escola Gestão Escolar

O que é indisciplina?

Por trás desse problema - visto pelos professores como um dos principais entraves da boa Educação -, há a falta de conhecimento sobre o tema e de adequação das estratégias de ensino.



HUMOR COM REFLEXÃO Nos quadrinhos abaixo, Calvin vive situações que deixam evidentes as principais causas da indisciplina.


Sua paciência está por um fio. A garotada voa pelos corredores, conversa em sala, briga no recreio, insiste em usar boné e em trazer para a sala materiais que não são os de estudo. Cansado e confuso, você se sente com os braços atados e a autoridade abalada. Não suporta mais as cenas que vê e não sabe o que fazer. Quer obediência! Quer controle! Quer mudanças no comportamento dos alunos!

Calma... Respire... Se você sonha com uma turma atenta e motivada, a primeira mudança necessária talvez esteja em você. É hora de rever sua ideia de indisciplina e o que há por trás dela. Pesquisa realizada por NOVA ESCOLA e Ibope em 2007 com 500 professores de todo o país revelou que 69% deles apontavam a indisciplina e a falta de atenção entre os principais problemas da sala de aula. Doce ilusão! O comportamento inadequado do aluno não pode ser visto como uma causa da dificuldade para lecionar. Na verdade, ele é resultado da falta de adequação no processo de ensino.

Para que você avance nessa reflexão, é preciso entender que a indisciplina é a transgressão de dois tipos de regra. O primeiro são as morais, construídas socialmente com base em princípios que visam o bem comum, ou seja, em princípios éticos. Por exemplo, não xingar e não bater. Sobre essas, não há discussão: elas valem para todas as escolas e em qualquer situação. O segundo tipo são as chamadas convencionais, definidas por um grupo com objetivos específicos. Aqui entram as que tratam do uso do celular e da conversa em sala de aula, por exemplo. Nesse caso, a questão não pode ser fechada. Ela necessariamente varia de escola para escola ou ainda dentro de uma mesma instituição, conforme o momento. Afinal, o diálogo durante a aula pode não ser considerado indisciplina se ele se referir ao conteúdo tratado no momento, certo?

Não é fácil distinguir entre moralidade e convenção. Frequentemente, mistura-se tudo em extensos regimentos que pouco colaboram para manter o bom funcionamento da instituição e o clima necessário à aprendizagem em sala de aula. "As crianças não enxergam a utilidade de um regimento ou dos famosos combinados que não se sustentam. Elas não sentem a necessidade de respeitá-los e acabam até se voltando contra essas normas", explica Ana Aragão, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A situação piora ainda mais se essas convenções se baseiam em permissões, proibições e castigos sem nenhum tipo de negociação. Se isso funcionasse, as escolas estariam todas em paz. Esse caminho - o mais comum - é tão claramente ineficaz que se tornou um dos principais motes das tirinhas de Calvin, o personagem questionador e cheio de personalidade criado pelo cartunista norte-americano Bill Watterson. Desde 1985, ele dá um baile na professora, mesmo sendo advertido constantemente. Nesta reportagem especial, você verá que as situações vividas por ele refletem uma concepção equivocada, por parte da escola, sobre as causas da indisciplina e as formas de lidar com ela.



FALTA DE AUTORIDADE O que se espera da escola é conhecimento. É isso que faz o aluno respeitar o ambiente à sua volta. Se a aula está um tédio, ele vai procurar algo mais interessante para fazer. Universal Press Syndicate



Sem sua ajuda, a criança não aprende o valor das regras 

O movimento contínuo de construção e reavaliação de regras, mais o respeito a elas, é a base de todo convívio em sociedade. Da mesma forma que os conflitos nunca vão deixar de existir na vida em comunidade - no contexto escolar, especificamente, eles também não vão desaparecer. Saber lidar com eles faz com que você consiga trabalhar melhor. Ensinar o tema aos alunos também é uma tarefa sua. "Esperar que os pequenos, de modo espontâneo, saibam se portar perante os colegas e educadores é um engano. É abrir mão de um dever docente", explica Luciene Tognetta, do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Unicamp.

Muitos professores esperam, sem razão, que essa formação moral seja feita 100% pela família. "Não se trata de destituí-la dessa tarefa, mas é preciso enxergar o espaço escolar como propício para a vivência de relações interpessoais", pondera Áurea de Oliveira, do Departamento de Educação da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), campus de Rio Claro.

As questões ligadas à moral e à vida em grupo devem ser tratadas como conteúdos de ensino. Caso contrário, corre-se o risco de permitir que as crianças se tornem adultos autocentrados e indisciplinados em qualquer situação, incapazes de dialogar e cooperar. Pesquisa de 2002 com 120 universitários, de Montserrat Moreno e Genoveva Sastre, da Universidade de Barcelona, indagou sobre a utilidade do que eles aprenderam na escola para a resolução de conflitos na vida adulta. Apenas 3% apontaram que os professores lhes ensinaram atitudes e formas específicas de agir. "Esses resultados certamente são próximos da realidade brasileira", afirma Luciene. "Nosso estilo de ensinar é parecido, pois joga pouca luz sobre o currículo oculto, aquele que leva em conta o sentimento do estudante, seus desejos, suas incompreensões."




DIDÁTICA INADEQUADA Não adianta exigir que os alunos cumpram as tarefas se a estratégia de ensino e o tema não dizem nada a eles. Universal Press Syndicate


Em vez de agir sobre a consequência, procurar a causa 

Saber como o ser humano se desenvolve moralmente é essencial para encontrar as raízes da indisciplina. Antes de entender por que precisam agir corretamente, as crianças pequenas vivem a chamada moral heterônoma, ou seja, seguem regras à risca, ditadas por terceiros, sem usar a própria consciência para reelaborá-las de acordo com a situação. Por exemplo: se elas sabem que não se deve derramar água no chão, julgam o fato um erro mesmo no caso de um acidente. Nessa fase, a autoridade é fundamental para o bom andamento das relações.

Por volta dos 9 anos, abre-se espaço para a moral autônoma, quando o respeito mútuo se sobrepõe à coação. Mas a mudança não é mágica. O cientista suíço Jean Piaget (1896-1980) questionava a possibilidade de a criança adquirir essa consciência se todo dever sempre emana de pessoas superiores. Assim, é possível dizer que a autonomia só passa a existir quando as relações entre crianças e adultos (e delas com elas mesmas) são baseadas, desde a fase heterônoma, na cooperação e no entendimento do que é ou não é moralmente aceito e por quê. Sem isso, é natural que, conforme cresçam, mais indisciplinados fiquem os alunos.

A atuação docente inadequada em sala é outra causa da indisciplina. "Embora os professores anseiem por uma solução, acham-se perdidos por não poder agir com a rigidez de antigamente, que permitia até alguns castigos físicos", afirma Áurea. A autoridade do professor perante a classe só é conquistada quando ele domina o conteúdo e sabe lançar mão de estratégias eficientes para ensiná-los. Se não, como bem descreve o psicólogo austríaco Alfred Adler (1870-1937), a Educação se reduz ao ato de o aluno transcrever o que está no caderno do professor sem que nada passe pela cabeça de ambos. "O resultado é o tédio. E gente entediada busca algo mais interessante para fazer, o que muitos confundem com indisciplina. A escola é, sem dúvida, a instituição do conhecimento, mas é preciso deixar espaço para a ação mental da turma", afirma Luciene.

Olhar para a sala de aula tendo como base essa concepção de indisciplina faz diferença. Os benefícios certamente serão maiores se houver o envolvimento institucional. Por isso, o trabalho exige não apenas autorreflexão, mas também formação e esforço de equipe. Para transformar o ambiente, o discurso tem de ser constante e exemplificado por ações de todos.


REGRAS IMPOSTAS Quando a conversa é sempre proibida, você perde a chance de favorecer a troca de ideias. Universal Press Syndicate


Sala dos professores!





terça-feira, 20 de outubro de 2009

Dia do frentista !!


Significado de frentista

s m+f (frente+ista) 1 Oficial especializado no acabamento de ornatos das fachadas de edifícios. 2 Pessoa que executa atividades numa frente de trabalho. 3 Atendente de posto de gasolina que trabalha na bomba, na troca de óleo ou na calibragem de pneus.

Vida de professor !!!


























Por que a "interdisciplinaridade" é importante para a formação de um Pedagogo? Leia o poema abaixo e reflita!








PRÓLOGO: PERCEBER-SE INTERDISCIPLINAR




Maria Elisa de M. P. Ferreira


É sentir-se componente de um todo.

É saber-se filho das estrelas,

Parte do Universo e um Universo à parte...


É juntar esforços na construção do mundo,

Desintegrando-se no outro, para, com ele,

Reintegrar-se no novo...


É ter consciência de que a Natureza o gerou:

De que é fruto dela, jamais seu senhor...


É saber que a Humanidade terrena surgiu de uma Evolução,

E que, talvez, não sela ela única no espaço sideral...


É saber que a liberdade está em afirmar-se integrando-se,

Que o crescer histórico consente em ser retardado,

Nunca eternamente impedido...


É reconhecer no "Uni-verso", "unidade na diversidade”.

E estar consciente de que o evoluir é lei geral...


É saber que, etimologicamente, "mundus" é pureza.

E (quem sabe?) encontrar a paz interior...


Pois,


"Quando a mente é perturbada,

produz-se a multiplicidade das coisas;

Quando a mente é aquietada,

a multiplicidade das coisas desaparece." *


* ASHAVAGHOSHA, The Awakening of Faith, apud CAPRA, F. O Tao da Física, São Paulo, Cultrix, 1986, 2 ed., São Paulo, p. 26.


Referência Bibliográfica: FAZENDA, Ivani (org). Práticas Interdisciplinares na Escola. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2005.

As sereias do ensino eletrônico





As sereias são seres que seduzem, encantam, aprisionam e depois devoram suas presas.
O professor está sendo seduzido pelas novas tecnologias da comunicação e da informação.
Tem-se a impressão de que tudo o que foi ensinado, ou a forma como foi ensinado até agora será extinto e que quem não se adaptar as novas tecnologias para educação será excluído dessa profissão.
Mas será que o aluno será mesmo o grande beneficiado com essas novas tecnologias?
Em educação, atualmente, fala-se muito em interação e troca de informação entre professor e aluno, em estimular a criatividade desses. E para isso deseja-se que as novas tecnologias aplicadas a educação resolvam todos esses desafios.
Mas de nada adianta introduzi-las na educação se mantivermos regras, limites, proibições em seu uso.
Quanto mais confiamos nos alunos, quanto menos proibições existem no ambiente, quanto mais convival é a atmosfera, mais eles demonstram responsabilidade, maturidade, motivação e interesse em aprender (BLIKSTEIN: 2002).


4 – MAIS DO MESMO

A educação tradicional está se mostrando insuficiente para o tipo de mão-de-obra que o sistema produtivo está exigindo atualmente.
As empresas não querem mais trabalhadores autônomos e repetitivos, mas sim, ambiciosos e multifuncionais.
Fala-se muito em educação permanente, atualização. Essa demanda por profissionais diferentes tem reflexos sobre quem à forma: a universidade. E assim surge a oferta de freqüentar cursos sem sair de casa com preços reduzidos sem tanto esforço.
A demanda por um novo tipo de profissional, multifuncional, polivalente e inovador recai sobre a universidade. Sua estrutura atual, entretanto, não pode (e nem deve) acompanhar a velocidade de mudança do mercado nem o custo resultante do atendimento a todas as demandas que lhe são feitas. Pelo contrário, ao mesmo tempo em que novas exigências aparecem, as políticas de financiamento público ficam cada vez mais restritivas (BLIKSTEIN, 2001, pg 10).
É preciso tomar muito cuidado para que o uso das novas tecnologias aplicadas a educação não tenha apenas a finalidade de satisfazer o sistema produtivo que necessita de um novo tipo de trabalhador.


CONCLUSÃO

É preciso permitir que as novas tecnologias entrem na educação para mudar o que está ultrapassado. Mas é fundamental utilizarmos a internet como matéria-prima de construção do conhecimento e não apenas como mídia.
Deve-se usar o que a internet oferece de novo e positivo entre eles podemos destacar a possibilidade de criação e expressão pessoal e as possibilidades de construção coletiva de projetos reais, entre outros.
Encantemos-nos pelas novas tecnologias aplicadas a educação sem com isso permitir que elas nos aprisionem

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Frases sobre comércio !!!





"O segredo do comércio está em levar as coisas de onde abundam para onde são mais caras." (Ralph Waldo Emerson)


"Ainda nenhuma nação se arruinou devido ao comércio." (Benjamin Franklin)


"O comércio é o grande civilizador. Trocamos idéias quando trocamos tecidos." (Robert Ingersoll)


"O comércio é a arte de abusar do desejo ou da necessidade que alguém tem de alguma coisa." (Jules De Goncourt)


"O país onde o comércio é mais livre será sempre o mais rico e próspero, guardadas as proporções." (Voltaire)


"Comércio com todas as nações, aliança com nenhuma, deveria ser nosso lema." (Thomas Jefferson)


"O comércio é a arte de comprar por três francos o que vale seis, e vender por sei francos o que vale três." (Charles Fourier)


"Em um sistema de livre comércio e de livre mercado, os países pobres - e as pessoas pobres - não são pobres porque outros são ricos. Se os outros fossem menos ricos, os pobres seriam, com toda probabilidade, ainda mais pobres." (Margaret Thatcher)


"É importante entender que há mais intercâmbios comerciais que comércio." (George W. Bush)


"O comércio do mundo é conduzido pelos fortes e usualmente opera contra os fracos." (Henry Beecher)


"O comércio floresce por circunstâncias, precariedade, transitoriedade, contingência, quase como os ventos e ondas que o trazem para nossas costas." (Charles Caleb Colton)


"O comércio internacional não é um jogo de damas, é um jogo de interesses." (Samuel Pinheiro)


"O comércio muda o destino e o gênio das nações." (Thomas Gray)


"O comércio une; a religião divide." (Alice Tisdale Hobart)

Datas comemorativas!!

Variáveis por Mês e Dia

PERÍODO

ASSUNTO

LEGISLAÇÃO

sábados (todos)

Feriado bancário

Lei 4178, de 11.12.1962 (ver 28 ago.)

segunda feira de Carnaval

Feriado Forense para Justiça Federal e Tribunais Superiores

Lei 5010, de 30.05.1966, art. 62

terça feira de Carnaval

Feriado Forense para Justiça Federal e Tribunais Superiores

Lei 1408, de 09.08.1951

última semana de março

Festa Anual das Árvores (para as regiões Norte e Nordeste)

Decr. 55795, de 24.02.1965

Semana Santa (quarta feira até Domingo de Páscoa

Feriado Forense para Justiça Federal e Tribunais Superiores

Lei 5010, de 30.05.1966, art. 62

Sexta Feira da Paixão

Feriado Forense

Lei 1408, de 09.08.1951, art. 5o.; Lei 7320, de 11.06.1985

Sexta Feira da Paixão

Feriado Religioso

Decr.-Lei 86, de 27.12.1966

terceira semana de abril (incluindo o dia 20)

Semana de Rio Branco

Decr. 64107, de 12.02.1969

primeiro Domingo de maio

Dia Nacional do Ex-Combatente

Lei 4623, de 06.05.1965

segundo Domingo de maio

Dia das Mães

Decr. 21366, de 05.05.1932

De 12 a 20 de maio

Semana da Enfermagem

Decr. 48202, de 12.05.1960

primeira semana de junho

Semana Nacional do Meio Ambiente

Decr. 86028, de 27.05.1981

Do dia 12 à 18 de junho

Semana da comunidade nipo-brasileira

Lei municipal 1096, de 26.11.1987

Domingo mais próximo de 29 de junho

Dia do Papa

convencionado (assembléia da CNBB)

primeira semana de julho

Semana de Prevenção contra Incêndios

Decr. 35309, de 02.04.1954

primeira semana de julho

Semana Nacional da Educação

Lei 1484, de 05.12.1951

segunda quinzena do mês de julho

Semana do Esporte

Lei Estadual 2582, de 03.07.1996

segundo domingo de agosto

Dia dos Pais

convencionado

Terceiras 3as. Feiras de setembro

reverência ao Dia Mundial da Paz

Lei Estadual 764, de 27.11.1985

de 18 a 23 de setembro

Semana da Comunidade

Decr. 60081, de 17.01.1967

último Domingo de setembro

Dia da Bíblia

convencionado

primeiro Domingo de outubro

Dia do Município (ver primeiro de janeiro)

Lei 5516, de 23.10.1968

Segundo Domingo de outubro

Dia do Círio de Nossa Senhora de Nazaré

Lei estadual 857, de 17.06.1985

segunda 2a. Feira do mês de outubro

Dia do feirante

Lei municipal 14, de 16.09.1977

segunda 4a. Feira do mês de outubro

Dia da Normalista e do Normalista

Lei estadual 42, de 24.05.1976

terceira segunda feira de outubro

Dia do Comércio

Lei estadual 160, de 22.09.1977

terceira 4a. Feira do mês de outubro

dia do frentista

Lei estadual 1926, de 26.12.1991

De 23 a 29 de outubro

Semana Nacional do Livro e da Biblioteca

Decr. 84631, de 12.04.1980

penúltimo Domingo de outubro

Dia Mundial das Missões

convencionado (pelo Papa Pio XI)

quarta quinta-feira de novembro

Dia Nacional de Ação de Graças

Decr. 13292, de 20.11.1918; Lei 781, de 17.08.1949; Decr. 57298, de 19.11.1965; Lei 5110, de 22.09.1966

segundo Domingo de dezembro

Dia Mundial da Bíblia (ver último Domingo de setembro)

Lei estadual 2039, de 26.11.92; lei Municipal 2220, de 05.10.1994

Dia da última semana de cada bimestre

Dia da Participação

Lei Municipal 1347, de 26.10.1988