quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Quem sou eu como professor e aprendiz?


Sou um professor que já me interei na nova tecnologia, mas não tenho medo do que me chega de novo, pois o professor tem que estar sempre aberto a novas informações e de forma alguma passo isso para meus alunos, apesar de aprender muito com eles e ouvir suas idéias, procuro desenvolver uma pratica interativa com eles.
A escola ainda precisa de muitos recursos para atingir essa demanda. Como a tecnologia tem avançado cada vez mais, pensamos que todo professor deve estar capacitado em não só trazer um bom ensino-aprendizagem (conteúdo didáticos), mas também estar atualizado, aprender a manusear as novas tecnologias, como o computador, o celular, a câmera digital, o data-show, pen-drive, etc. algumas escolas, seja particular ou publica já possuem laboratórios de informática. E os professores devem apresentar estimular e ensinar o conteúdo da disciplina aos alunos através desses recursos. Devem também apresentar debates sobre este tema em questão, ouvir as opiniões dos alunos. Alias eles já possuem alguma experiência com idas em lan-house ou mesmo em casa, pois hoje em dia e possível comprar qualquer coisa pela internet deste fazer compra no supermercado até efetuar um pagamento bancário . Afinal o aprendizado deve ser recíproco.
Agora com relação aos professores e necessário uma formação mais rigorosa para que se aprenda a lidar com crianças de forma mais compreensiva, amorosa, carinhosa, para que mais tarde possamos ter adultos sérios amigos e responsáveis. Lecionar não e só entrar em sala de aula e passar exercício, o professor e preciso ser psicólogo e amigo para saber lidar com os problemas dos alunos que muitas vezes entra em sala com problemas pessoais ou ate mesmo com dificuldades para o aprendizado. O professor tem que ser sensíveis a todos esses atos. A aula deve ser criativa com atividades interessantes aceitar idéias e criticas. Com estímulos as leituras. Mas para que isso aconteça o professor deve estar consciente de que para ele a aprendizagem e continua. Com o ensino dos conteúdos da disciplina através dos recursos tecnológicos o professor deve fazer com que o aluno adquira capacidade intelectual (aprender), esforço individual (aprender a aprender) e habilidade manual (aprender a fazer).
Transmitir uma pedagogia ativa de que aja um aprendizado significativo formando alunos questionadores, autônomos, capazes de resolver problemas do seu dia a dia, preparando-os para o mercado de trabalho que, alias, tem sido cada vez mais exigente e competitivo.

Trabalho feito pelos estudantes de Pedagogia do 3° periodo da Associaçao Brasileira de Ensino Universitário (UNIABEU): Elaine Militão, Jorge de Almeida, Luzimar Ventura, Marcia Alves, Rosseni Fereira

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mesquita é presenteada no dia de seu desfile cívico


A Prefeitura de Mesquita realizou no dia 25 de setembro o seu Desfile Cívico Histórico-Cultural da Cidade com o tema: “10 anos de emancipação”, na Av. São Paulo, no centro do município. Durante o evento o vice-governador, Luis Fernando Pezão, representando o governado do Estado, Sérgio Cabral, anunciou que Mesquita receberá 19 milhões para o investimento em obras na cidade.
SEMUG


Mesmo com chuva, cerca de 5.000 mil pessoas participaram do evento que é de grande valor cívico e que tem por finalidade, resgatar o sentimento patriótico no coração dos cidadãos mesquitenses.

O anúncio do investimento para obras em 132 ruas e 12 bairros e na construção de uma creche foi feito durante ao evento por Pezão. Fruto de um convênio assinado por Artur com o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), as obras prevêem a restauração, pavimentação, drenagem e a urbanização de 28,5 quilômetros de ruas nos bairros de Vila Emil, Juscelino, Banco de Areia, Cruzeiro do Sul, Santo Elias, Rocha Sobrinho, Jacutinga, Coréia, Chatuba, Edson Passos, Centro e Cosmorama.

Estiveram presentes ao desfile, o prefeito de Mesquita, Artur Messias, o ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos Benedita da Silva, o subsecretário de Governo da Baixada, Carlos Castilho, o prefeito de Nilópolis, Sérgio Sessim, e o de Japeri, Timor Ivaldo Barbosa (Timor), Comandante do 20º Batalhão de Mesquita, Ivanir Linhares, vereadores do município, todo secretariado e alunos da rede municipal, estadual e particular.
Fotos: CCS e SEMED

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Agenda dos direitos


Datas comemorativas.Confira
o calendário a seguir e coloque a infância e
a adolescência na pauta.

JANEIRO
1 - Dia Mundial da Confraternização Universal e da Paz

FEVEREIRO
27 - Dia Nacional do Livro Didático

MARÇO
8 - Dia Internacional da Mulher
15 - Dia da Escola
21 - Dia da Eliminação da Discriminação Racial

ABRIL
13 - Dia do Jovem
18 - Dia Nacional do Livro Infantil
19 - Dia do Índio
24 - Dia do Jovem Trabalhador
27 - Dia da Trabalhadora Doméstica

MAIO
18 - Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração
Sexual de Crianças e Adolescentes
28 - Dia de Combate à Mortalidade Materna

JUNHO
4 - Dia Mundial Contra Agressão Infantil
12 - Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil

JULHO
13 - Aniversário do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990)

AGOSTO
1 a 7 - Semana mundial de amamentação
11 - Dia do Estudante
24 - Dia da Infância
29 - Dia do Combate à Desnutrição
31 - Dia Internacional dos Desaparecidos

SETEMBRO
8 - Dia Internacional da Alfabetização
22 - Dia Internacional da Juventude
23 - Dia Internacional contra a Exploração Sexual e o
Tráfico de Mulheres e Crianças

OUTUBRO
4 - Dia Mundial da Criança
5 - Aniversário da Promulgação da Constituição Brasileira
(1988)
12 - Dia da Criança
12 - Dia Nacional de Luta por Creches
15 - Dia dos Professores

NOVEMBRO
14 - Dia Nacional da Alfabetização
20 - Dia Nacional da Consciência Negra

DEZEMBRO
1 - Dia Mundial de Luta Contra a Aids
3 - Dia Internacional das Pessoas com Deficiência
9 - Dia Internacional da Criança no Rádio e na TV
10 - Dia Internacional dos Direitos Humanos (1948)

ECA




Composto por 267 artigos, Estatuto tem como base o princípio da "prioridade absoluta" às crianças e aos adolescentes

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 18 anos em 2008. Tido como uma das leis mais avançadas do Brasil, o ECA atinge sua “maioridade” tendo à frente grandes desafios, mas já registrando importantes avanços na garantia dos direitos de meninos e meninas.

A lei tem como base o princípio da criança e do adolescente como “prioridade absoluta”. Ela nasce de um novo pensamento de sociedade, na década de 80, e a partir de uma mobilização social nacional que dá origem ao Fórum Nacional de Entidades Não-Governamentais de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fórum DCA). Esse movimento recolheu mais de seis milhões de assinaturas para garantir a criação de um artigo que estabelecesse os direitos humanos de meninos e meninas na Constituição Federal de 1988. A Carta Magna brasileira se antecipou, inclusive, à Assembléia Geral das Nações Unidas, que adotaria, em 1989, a Convenção Internacional dos Direitos da Criança.

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à saúde, à alimentação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
Artigo 227 da Constituição Federal de 1988

Toda essa mobilização culminou, em 1990, com a promulgação da Lei 8.069, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), composto por 267 artigos. Ele representa um divisor de águas na história da infância e da adolescência brasileiras, ao substituir a lógica da Doutrina da Situação Irregular, presente no antigo Código de Menores, pela Doutrina da Proteção Integral. Em outras palavras, o Estatuto instaura direitos para todas as crianças e adolescentes, entendendo-os como sujeitos de direitos e garantindo um atendimento integral, que leva em conta as diversas necessidades desse público.

Também cria medidas de proteção (voltadas para situações em que os direitos de meninos e meninas são ameaçados ou violados) e medidas socioeducativas (aplicadas para adolescentes que cometem atos infracionais). O ECA institui ainda a co-responsabilidade de toda a sociedade civil e do poder público em garantir o direito a uma vida saudável aos meninos e meninas de todo o País, conforme propõe o artigo 4°.


Veja o Estatuto no site: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm

Leis sobre a cultura!




Lei nº 11.646, de 10.03.2008 - Altera dispositivos da Lei no 8.313, de 23 de dezembro de 1991, para estender o benefício fiscal às doações e patrocínios destinados à construção de salas de cinema em Municípios com menos de 100.000 (cem mil) habitantes, e dá outras providências.

Lei n° 10.753, de 30.10.2003 - Institui a Política Nacional do Livro

Lei n° 10.451, de 10.05.2002 - Altera a legislação tributária federal e dá outras providências.

Lei nº 10.413, de 12.03.2002 - Determina o tombamento dos bens culturais das empresas incluídas no Programa Nacional de Desestatização.

Lei n° 10.179, de 06.02.2001 - Dispõe sobre os títulos da dívida pública de responsabilidade do Tesouro Nacional, consolidando a legislação em vigor sobre a matéria.

Lei n° 10.166, de 27.12.2000 - Altera a Lei no 7.542, de 26 de setembro de 1986, que dispõe sobre a pesquisa, exploração, remoção e demolição de coisas ou bens afundados, submersos, encalhados e perdidos em águas sob jurisdição nacional, em terreno de marinha e seus acrescidos e em terrenos marginais, em decorrência de sinistro, alijamento ou fortuna do mar, e dá outras providências.

Lei n° 10.098, de 19.12.2000 - Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

Lei n° 9.999, de 30.08.2000 - Altera o inciso VIII do art. 5o da Lei no 8.313, de 23 de dezembro de 1991, alterada pela Lei no 9.312, de 5 de novembro de 1996, que restabelece princípios da Lei no 7.505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura – PRONAC e dá outras providências, aumentando para três por cento da arrecadação bruta das loterias federais e concursos de prognósticos destinados ao Programa.

Lei n° 9.874, de 23.11.1999 - Altera dispositivos da Lei no 8.313, de 23 de dezembro de 1991, e dá outras providências.

Lei n° 9.790, de 23.03.1999 - Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo de Parceria, e dá outras providências.

Lei n° 9.766, de 18.12.1998 - Altera a legislação que rege o Salário-Educação, e dá outras providências.

Lei n° 9.649, de 27.05.1998 - Dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras providências.

Lei n° 9.610, de 19.02.1998 - Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

Lei n° 9.609, de 19.02.1998 - Dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, sua comercialização no País, e dá outras providências.

Lei n° 9.605, de 12.02.1998 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

Lei n° 9.532, de 10.12.1997 - Altera a legislação tributária federal e dá outras providências.

Lei n° 9.294, de 15.07.1996 - Dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal.

Lei nº 9.008, de 21.03.1995 - Cria, na estrutura organizacional do Ministério da Justiça, o Conselho Federal de que trata o art. 13 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, altera os arts. 4º, 39, 82, 91 e 98 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, e dá outras providências.

Lei n° 8.977, de 06.01.1995 - Dispõe sobre o Serviço de TV a Cabo e dá outras providências.

Lei n° 8.961, de 23.12.1994 - Dispõe sobre a isenção do imposto de importação na hipótese que menciona.

Lei n° 8.685, de 20.07.1993 - Cria mecanismos de fomento à atividade audiovisual e dá outras providências.

Lei n° 8.635, de 16.03.1993 - Dá nova redação ao art. 184 do Código Penal.

Lei n° 8.394, de 30.12.1991 - Dispõe sobre a preservação, organização e proteção dos acervos documentais privados dos presidentes da República e dá outras providências.

Lei n° 8.389, de 30.12.1991 - Institui o Conselho de Comunicação Social, na forma do art. 224 da Constituição Federal, e dá outras providências.

Lei n° 8.313, de 23.12.1991 - Restabelece princípios da Lei n° 7.505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e dá outras providências. Atualizada (nova redação dada pela Lei nº 11.646, de 10 de março de 2008).

Lei n° 8.113, de 12.12.1990 - Dispõe sobre a natureza jurídica do Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural - IBPC e dá outras providências.

Lei n° 8.029, de 12.04.1990 - Dispõe sobre a extinção e dissolução de entidades da administração Pública Federal, e dá outras providências.

Lei n° 7.668, de 22.08.1988 - Autoriza o Poder Executivo a constituir a Fundação Cultural Palmares – FCP, e dá outras providências.

Lei n° 7.542, de 26.09.1986 - Dispõe sobre a pesquisa, exploração, remoção e demolição de coisas ou bens afundados, submersos, encalhados e perdidos em águas sob jurisdição nacional, em terreno de marinha e seus acrescidos e em terrenos marginais, em decorrência de sinistro, alijamento ou fortuna do mar, e dá outras providências.

Lei nº 6.533, de 24.05.1978 - Dispõe sobre a regulamentação das profissões de Artistas e de técnico em Espetáculos de Diversões, e dá outras providências.

Lei n° 6.513, de 20.12.1977 - Dispõe sobre a criação de Áreas Especiais e de Locais de Interesse Turístico; sobre o Inventário com finalidades turísticas dos bens de valor cultural e natural; acrescenta inciso ao art. 2º da Lei nº 4.132, de 10 de setembro de 1962; altera a redação e acrescenta dispositivo à Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965; e dá outras providências.

Lei n° 6.426, de 30.06.1977 - Altera dispositivos da Lei nº 1.512, de 19 de dezembro de 1951, que cria a Comissão Nacional de Belas Artes, o Salão Nacional de Arte Moderna, e dá outras providências.

Lei n° 5.805, de 03.10.1972 - Estabelece normas destinadas a preservar a autenticidade das obras literárias caídas em domínio público.

Lei n° 5.768, de 20.12.1971 - Abre a legislação sobre distribuição gratuita de prêmios, mediante sorteio, vale-brinde ou concurso, a título de propaganda, estabelece normas de proteção à poupança popular, e dá outras providências.

Lei n° 5.700, de 01.09.1971 - Dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais, e dá outras providências.

Lei n° 5.579, de 15.05.1970 - Institui o “Dia da Cultura e da Ciência”, e dá outras providências.

Lei n° 5.471, de 09.07.1968 - Dispõe sobre a exportação de livros antigos e conjuntos bibliográficos brasileiros.

Lei n° 4.943, de 06.04.1966 - Transforma em Fundação a atual Casa de Rui Barbosa e dá outras providências.

Lei n° 4.845, de 19.11.1965 - Proíbe a saída, para o exterior, de obras de arte e ofícios produzidos no País, até o fim do período monárquico.

Lei n° 3.924, de 26.07.1961 - Dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos

Situação da Infância e da Adolescência Brasileira 2009


O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou, nessa terça-feira (9/06), o relatório "Situação da Infância e da Adolescência Brasileira 2009" – O Direito de Aprender: Potencializar Avanços e Reduzir Desigualdades”, uma análise sobre o direito de aprender no Brasil realizada a partir das estatísticas mais recentes relacionadas ao tema.

O relatório conclui que o País obteve importantes avanços nos indicadores de acesso, aprendizagem, permanência e conclusão do Ensino Básico. Na publicação, a UNICEF analisa as desigualdades educacionais no Brasil – especialmente as regionais, étnico-raciais e socioeconômicas, bem como as relacionadas à inclusão de crianças com deficiência. São essas desigualdades que impedem que parcelas mais vulneráveis da população brasileira tenham garantido seu direito de aprender, sobretudo nas regiões do semiárido, da Amazônia Legal e nas comunidades populares dos centros urbanos.

Para se ter uma ideia, 97,6% das crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos estão matriculados na escola, o que representa cerca de 27 milhões de estudantes. Esses 2,4% podem parecer pouco, mas representam 680 mil crianças fora da escola. É mais do que a população do Suriname. E desse total de crianças fora da escola, 66% (450 mil) são negras. Da mesma forma, o percentual de crianças fora da escola na Região Norte é duas vezes maior do que o mesmo percentual na Região Sudeste.

“O Unicef reconhece e comemora os avanços, apontando a necessidade e assumindo o compromisso de apoiar e participar de ações que garantam a sustentabilidade e aprimoramento das políticas e programas que lhes dão apoio. A capacidade demonstrada pelo País de melhorar esses indicadores é que nos permite afirmar que é possível sim universalizar o direito de aprender para todas e cada uma das crianças e adolescentes no Brasil”, afirma Marie-Pierre Poirier, Representante do UNICEF no País.

Marie-Pierre destaca ainda que, para que os avanços conquistados pelo País alcancem todas e cada uma das crianças e adolescentes, são necessárias a criação e a implementação de políticas públicas que tenham como resultado a efetiva redução das desigualdades em todas as suas dimensões. Ao mesmo tempo, considera fundamental a continuidade e o fortalecimento das articulações entre ações governamentais e sociais para superação das barreiras existentes.


Veja a seguir alguns dos principais dados apresentados no relatório:

Educação Infantil

No Brasil, o atendimento de crianças de até 3 anos tem aumentado (Pnad 2007).
1995: 7,6 %
2001: 10,6%
2007: 17,1%

No mesmo período, foi ampliado o atendimento de crianças de até 4 a 6 anos (Pnad 2007).
1995: 53,5%
2001: 65,6%
2007: 77,6%

Ensino Fundamental

Do total de crianças entre 7 e 14 anos, 97,6% estão matriculadas na escola. O que representa cerca de 26 milhões de estudantes (Pnad 2007). O percentual de 2,4% de crianças e adolescentes fora da escola pode parecer pouco, mas representa cerca de 680 mil crianças entre 7 e 14 que têm seu direito de acesso à escola negado. As mais atingidas são as negras, indígenas, quilombolas, pobres, sob risco de violência e exploração, e com deficiência. Desse contingente fora da escola, 450 mil são crianças negras e pardas.

Ensino Médio

Segundo uma análise da Pnad feita pelo Ipea, 82,1% dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola. Entretanto, 44% dos adolescentes ainda não concluíram o Ensino Fundamental e apenas 48% cursam o Ensino Médio dentro da faixa etária adequada para esse nível. No Nordeste, apenas 34% dos adolescentes de 15 a 17 anos frequentam o Ensino Médio. No Norte, 36% dos meninos e meninas de 15 a 17 anos cursam o Ensino Médio. A média nacional, de acordo com a Pnad, é de 48%. Na Região Sudeste, esse percentual fica em 58,8% e, no Sul, 55%. (Pnad 2007)

Anos de estudo

Enquanto a população urbana possui, em média, 8,5 anos de estudo concluídos com sucesso, a rural tem apenas 4,5. Em relação à população branca, os negros possuem, em média, dois anos de estudo a menos. A população nordestina acima de 15 anos é a menos escolarizada do País. Essa parcela da população possui apenas seis anos de escolaridade, enquanto a média nacional é de 7,3 anos.

Analfabetismo

Do total de crianças com 10 anos de idade no Nordeste, 12,8% não sabem ler. A média nacional é de 5,5%. Já no Sul o indicador é de 1,2%. Embora importantes conquistas tenham sido obtidas nos últimos 15 anos, os Estados da Amazônia Legal Brasileira ainda têm mais de 90 mil adolescentes analfabetos e cerca de 160 mil meninos e meninas entre 7 e 14 anos fora da escola.

Segundo a Pnad de 2007, 82,7% dos analfabetos de 15 anos ou mais do Norte são pretos ou pardos, o que evidencia a desigualdade racial.

Infraestrutura escolar

Das mais de 58 mil escolas do Semiárido, 51% não são abastecidas pela rede pública de água, 14% não dispõem de energia elétrica e 6,6% não têm sanitários. A grande maioria (80%) não possui biblioteca ou sala de leitura, computador (75,8%) e muito menos acesso à Internet (89,2%).

Veja o relátorio completo
http://www.unicef.org/brazil/pt/siab_capitulos.pdf

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Propostas para a arte na educação infantil


coordenadora pedagógica do Projeto Institucional Arte na Escola / Univille, e Letícia Coneglian Mognol, pesquisadora*

A linguagem da arte na educação infantil tem um papel fundamental, envolvendo os aspectos cognitivos, sensíveis e culturais. Até bem pouco tempo o aspecto cognitivo não era considerado na a educação infantil e esta não estava integrada na educação básica. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96 veio garantir este espaço à educação infantil, bem como o da arte neste contexto.

Para compreender a arte no espaço da educação infantil no momento atual, mesmo que brevemente, é preciso situar o panorama histórico das décadas de 80 e 90. Os referenciais que fundamentavam as práxis do profissional da educação infantil eram os Cadernos de Atendimento ao Pré-escolar (1982), criados pelo Ministério da Educação e Cultura – MEC. Os textos destes Cadernos para aquele momento histórico tiveram contribuição fundamental como subsídio para as ações dos educadores atuantes na educação infantil. Entretanto, vale ressaltar que pouco priorizavam o conhecimento, centrando-se apenas nas questões emocionais, afetivas e psicológicas e nas etapas evolutivas da criança. Com relação à arte na educação, os pressupostos eram muito mais voltados à recreação do que às articulações com a arte, a cultura e a estética. Como exemplo, é possível citar a ênfase em exercícios bidimensionais que priorizava desenhos e pinturas chapadas. Ou seja, os conceitos sobre arte resumiam-se a simples técnicas. De acordo com PILLOTTO (2000, 61) “é interessante observar que esse Caderno, embora tenha uma fundamentação teórica voltada às concepções do ensino da arte modernista, na sua essência é muito mais tecnicista no que diz respeito aos exercícios repetitivos, mecânicos e sem a preocupação com a reflexão dos conceitos”.

Na década de 90, o MEC lança o Caderno do Professor da Pré-Escola, com uma abordagem contextualista, na qual a arte deixa de ser tratada apenas como atividade prática e de lazer, incorporando o ato reflexivo. Apesar dessas transformações, a arte permanecia ainda com foco em abordagens psicológicas e temáticas. A arte na educação infantil nesta década ainda buscava uma consistência teórica, conceitual e metodológica.

A partir de 2000 as discussões reflexivas sobre a arte na educação infantil ganham novos espaços na literatura, nas propostas curriculares e especialmente na pesquisa. É com este propósito que em 2002 iniciou-se na Universidade da Região de Joinville a pesquisa “O Programa Institucional Arte na Escola e sua dimensão no ensino e aprendizagem da arte”. O objetivo desta pesquisa é avaliar reflexivamente as ações dos programas de educação continuada para profissionais da educação, no intuito de perceber os aspectos frágeis com relação a arte no contexto escolar, diagnosticando a realidade para construir coletivamente novas proposições.

A pesquisa tem apontado a necessidade de novos constructos* para a arte na educação infantil, no sentido de desenvolver práxis nas quais haja a total integração do profissional da educação infantil, do profissional da arte na educação, das crianças, da instituição e da comunidade. Esta abordagem tem se mostrado eficiente e consolidada para a educação infantil na Itália, sendo disseminada em outros países. Obviamente, entende-se que cada espaço possui especificidades próprias que devem ser respeitadas. Portanto, a idéia não é a de adotar modelos estrangeiros, mas de tê-los como possibilidade de referência.

A partir desta pesquisa, a proposta é apontar constructos (a curto, médio e longo prazos), nos quais cada instituição de educação infantil tenha um profissional habilitado no ensino da arte, capaz de desenvolver projetos pedagógicos em parceria com os demais educadores, enfatizando os aspectos cognitivos, sensíveis e culturais em arte.

Nesta perspectiva, entende-se por novos constructos propostas que partem de uma visão de currículo não linear ou sistêmico, considerando o contexto histórico-social, as necessidades e interesses das crianças, no qual educadores, crianças, instituição e comunidade desenham um currículo que parte do trabalho coletivo.

O planejamento no currículo, a partir da perspectiva sistêmica, pressupõe como método de trabalho no qual professores “apresentam objetivos educacionais gerais, mas não formulam objetivos específicos para cada projeto ou atividade de antemão. Em vez disso, formulam hipóteses sobre o que poderia ocorrer com base em seu conhecimento das crianças e das experiências anteriores.” (RINALDI: 1999,113).

A partir desta visão, especificamente para a arte na educação infantil está o educador em arte, que atua em consonância com os demais educadores da instituição, aprofundando conceitos e linguagens da arte. A função do profissional em arte na educação não é simplesmente ministrar aulas fragmentadas de arte, mas, sobretudo de organizar um espaço de cultura que possibilite a ampliação das expressões e das linguagens da criança. No que este espaço contribui? “Ajuda que os professores compreendam como as crianças inventam veículos autônomos de liberdade expressiva, de liberdade cognitiva, de liberdade simbólica e vias de comunicação”. (VECCHI: 1999, 129)

Como historicamente pode-se observar, a arte na educação infantil possuía um perfil de recreação e de desenvolvimento emotivo e motor. Hoje, a arte na educação infantil está em processo de rupturas e transformações, exigindo das políticas educacionais, dos cursos de Formação de Professores, especialmente das Licenciaturas em Arte, um comprometimento com os aspectos cognitivos, sensíveis e culturais.

Cabe então, a todos os profissionais que atuam direta ou indiretamente com o ensino da arte, uma reflexão não somente dos processos de sala de aula, mas também do seu papel como cidadãos, protagonistas de uma história.

Arte e educação


O QUE É A ARTE?

Criação humana com valores estéticos (beleza, Equilíbrio, harmonia, revolta)
que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura.
É um conjunto de procedimentos que utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Se apresenta sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais), hoje alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra. O artista precisa da arte e da técnica para comunicar-se.

Quem faz arte?

O homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, como as ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O homem cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.

Por que o mundo necessita de arte?

Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função da arte que pode ser ...feita para decorar o mundo... para espelhar o nosso mundo (naturalista)... para ajudar no dia-a-dia (utilitária)...para explicar e descrever a história...para ser usada na cura doenças... para ajuda a explorar o mundo.

Como entendemos a arte?

O que vemos quando admiramos uma arte depende da nossa experiência e conhecimentos, da nossa disposição no momento, imaginação e daquilo que o artista pretendeu mostrar.


O que é estilo? Por que rotulamos os estilos de arte?

Estilo é como o trabalho se mostra, depois de o artista ter tomado suas decisões. Cada artista possui um estilo único.
Imagine se todas as peças de arte feitas até hoje fossem expostas numa sala gigantesca. Nunca conseguiríamos ver quem fez o que, quando e como. Os artistas e as pessoas que registram as mudanças na forma de se fazer arte, no caso os críticos e historiadores, costumam classificá-las por categorias e rotulá-las. É um procedimento comum na arte ocidental.
Ex.: Renascimento, Impressionismo, Cubismo, Surrealismo, etc.


Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte?

Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde o como, desta maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as mudanças que o mundo tiveram.


Como as idéias se espalham pelo mundo?

Exploradores, comerciantes, vendedores e artistas costumam apresentar às pessoas idéias de outras culturas. Os progresssos na tecnologia também difundiram técnicas e teorias. Elas se espalham através da arqueologia , quando se descobrem objetos de outras civilizações; pela fotografia, a arte passou a ser reproduzida e, nos anos 1890, muitas das revistas internacionais de arte já tinham fotos; pelo rádio e televisão, o rádio foi inventado em 1895 e a televisão em 1926, permitindo que as idéias fossem transmitidas por todo o mundo rapidamente, os estilos de arte podem ser observados, as teorias debatidas e as técnicas compartilhadas; pela imprensa, que foi inventada por Johann Guttenberg por volta de 1450, assim os livros e e arte podiam ser impressos e distribuídos em grande quantidade; pela internet, alguns artistas colocam suas obras em exposição e podemos pesquisá-las, bem como saber sobre outros estilos.

Secretaria de Educação Especial




A Secretaria de Educação Especial (Seesp) desenvolve programas, projetos e ações a fim de implementar no país a Política Nacional de Educação Especial. A partir da nova política, os alunos considerados público-alvo da educação especial são aqueles com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação.


Dentre as ações desenvolvidas pela Seesp está o apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino para a oferta e garantia de atendimento educacional especializado, complementar à escolarização, de acordo com o Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008.


Para apoiar os sistemas de ensino, a secretaria desenvolve o Programas de Formação Continuada de Professores na Educação Especial - presencialmente e a distância -, Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, Programa Escola Acessível (adequação de prédios escolares para a acessibilidade), Programa BPC na Escola e Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, que forma gestores e educadores para o desenvolvimento de sistemas educacionais inclusivos.


Destacam-se ainda as ações de garantia de acessibilidade nos programas nacionais do livro, implementados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).


Para saber o Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008. Acesse http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6571.htm

Algumas sugestões para vocês deixarem a sua sala de aula maravilhosa .


Para medir a altura:

* trabalha matemática;
* comparação de altura;
* seqüência numérica, etc.

Esta da imagem abaixo foi confeccionada com pratinhos descartáveis vermelho (pétalas), círculo amarelo (miolo da flor), EVA verde e fita métrica (caule), borboleta, grama e centopéia de EVA para enfeitar.


Cada criança tem seu preguinho indicado pela letra inicial de seu nome onde ela mesmo decorou.


Mural de aniversariante do dia pode ser confeccionado em EVA!!

A Língua Portuguesa no mundo



Português é a língua1 oficial de oito países. A comunidade lusófona abrange entre 190 e 230 milhões de pessoas, divididas em países de quatro continentes. Veja imagem ilustrativa:

Legenda da figura:
1-Brasil
2-Portugal
3-Cabo Verde
4-Guiné Bissau
5-Angola
6-Timor Leste
7-Moçambique
8-São Tomé e Príncipe




Nestes países, a Língua Portuguesa é reconhecida como patrimônio nacional e utilizada como instrumento de comunicação interna e no relacionamento entre todas as comunidades lusofalantes2.

LÍNGUAS MAIS FALADAS DO MUNDO

1. Chinês (Mandarim)
2. Hindi
3. Inglês
4. Espanhol
5. Bengali
6. Árabe
7. Português
8. Russo
9. Japonês
10. Alemão


Por ser a língua oficial de oito países em quatro continentes e não exclusivo de um território , o Português apresenta uma grande diversidade compatível com as regiões e os grupos que o utilizam. Mas, também por isso, é uma das principais línguas internacionais do mundo.

Como vimos no quadro acima, o Português é a sétima língua mais falada do planeta, terceira entre as línguas ocidentais, depois do inglês e do espanhol.

O Português é, também, uma das línguas oficiais da União Europeia (ex-CEE) desde 1986, quando Portugal foi admitido na UE. Em razão dos acordos do Mercosul (Mercado Comum do Sul), do qual o Brasil faz parte, o Português é ensinado como língua estrangeira nos demais países participantes.

1. Língua: Instrumento de comunicação de uma comunidade específica, ou seja, o código que essa comunidade utiliza para representar a sua realidade e se comunicar.
2. Lusofalantes: Falantes do Português. Os portugueses são chamados também de lusitanos. Na origem de Portugal, o povo lusitano foi uma base importante para a formação do país. Daí os adjetivos lusitano e luso; daí, também, o nome Os Lusíadas para o livro que exalta as glórias desse povo, de autoria do escritor maior da Língua Portuguesa: Luís de Camões.

Evolução da ortografia da Língua Portuguesa


Acompanhe, abaixo, um resumo da evolução da ortografia na Língua Portuguesa.
Séc. XVI até séc. XX----Em Portugal e no Brasil, a escrita praticada era de aspecto etimológico (importava a história da língua, a raiz latina ou grega determinava a forma de escrita das palavras com maior preponderância).


1536----Elaboração da nossa primeira gramática – Gramática da Linguagem Portuguesa, de Fernão de Oliveira.

1904----Publicação da Ortografia Nacional pelo foneticista português Gonçalves Viana. No livro, ele desenvolve uma análise da história interna da língua e estuda suas tendências fonéticas propondo: eliminação dos símbolos da etimologia grega (th, ph, ch \k\, rh, y); eliminação de consoantes “mudas”: sancto – santo, septe – sete; regularização da acentuação gráfica.

1907----A Academia Brasileira de Letras começa a simplificar a escrita nas suas publicações.

1910----Implantação da República em Portugal – é nomeada uma Comissão para estabelecer uma ortografia simplificada e uniforme a ser usada nas publicações oficiais e no ensino.

1911----Portugal realiza uma reforma ortográfica sem consultar o Brasil, acentuando as diferenças de grafia entre os dois países.

1915----A Academia Brasileira de Letras resolve harmonizar a ortografia.

1919----A Academia Brasileira de Letras revoga sua resolução de 1915.

1924----A Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras começam a procurar uma grafia comum.

1929----A Academia Brasileira de Letras altera as regras de escrita.

1931----Brasil e Portugal fazem um acordo preliminar para adoção da ortografia reformada pelo Brasil. O processo de convergência não é adotado completamente.

1943----É redigido o Formulário Ortográfico, na primeira Convenção Ortográfica entre Brasil e Portugal.

1945----Novo acordo ortográfico é firmado e torna-se lei em Portugal por decreto. No Brasil, o documento não é ratificado pelo Congresso, e o país mantém as regras estabelecidas no Formulário Ortográfico de 1943, assinado pela Academia Brasileira de Letras.

1971----Uma nova reforma ortográfica aproxima mais as grafias de Brasil e Portugal, com eliminação de 70% da acentuação que causava divergência.

1975----A Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras elaboram novo projeto de acordo, que não é aprovado oficialmente.

1986----O Brasil promove um encontro dos então sete países de Língua oficial Portuguesa – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe – no Rio de Janeiro. É apresentado o memorando sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

1990----Mais um acordo é estabelecido. Dessa vez, participaram representantes dos sete países de Língua Portuguesa integrantes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Para entrar em vigor, todos os países deveriam assinar o documento.

2004----Um protocolo modificativo reduz para três o número de países necessários para a aprovação do acordo. O Brasil é o primeiro a ratificar o documento. O Timor-leste também é incluído no acordo.
2005 Cabo Verde também ratifica o acordo.

2006----São Tomé e Príncipe também ratifica o documento. Mesmo com o número necessário de assinaturas, os países protelam a entrada em vigor das novas normas, devido à resistência de Portugal, país de onde se originou o idioma.

2008----O Parlamento português aprova o acordo.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mensagem do dia !!


Escola é...

... o lugar que se faz amigos.

Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola é sobretudo, gente
Gente que trabalha, que estuda
Que alegra, se conhece, se estima.

O Diretor é gente,
O coordenador é gente,
O professor é gente,
O aluno é gente,
Cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um se comporte
Como colega, amigo, irmão.

Nada de "ilha cercada de gente por todos os lados"
Nada de conviver com as pessoas e depois,
Descobrir que não tem amizade a ninguém.
Nada de ser como tijolo que forma a parede,

Indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
É também criar laços de amizade,
É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se "amarrar nela"!

Ora é lógico...

Numa escola assim vai ser fácil !
Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se, ser feliz.
É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo.

(Paulo Freire)

Frases de Paulo Freire!!


" O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança
descobrir. Cria situações-problemas".

"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino".

"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta,que me insere
na busca, não aprendo nem ensino".

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."

"Não se pode falar de educação sem amor".

"As crianças têm uma sensibilidade enorme para perceber que a professora faz exatamente o contrário do que diz".

Ajudante




Oi amigo, olha a foto pra colocar o nome do ajudante do dia !!

bjus...

Chamadinha !!!



Olá, este é o mural da chamadinha.

Depois de ver quem é o ajudante do dia, o mesmo é responsável pelo mural do calendário e o do tempo, vai até a chamadinha e fecha as pétalas da flor onde está a foto de quem não está presente.

IDEB


Em 2007, foi criado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb ). O indicador, que mede a qualidade da educação, foi pensado para facilitar o entendimento de todos e estabelecido numa escala que vai de zero a dez. A partir deste instrumento, o Ministério da Educação traçou metas de desempenho bianuais para cada escola e cada rede até 2022. O novo indicador utilizou na primeira medição dados que foram levantados em 2005. Dois anos mais tarde, em 2007, ficou provado que unir o país em torno da educação pode trazer resultados efetivos.
A média nacional do Ideb em 2005 foi 3,8 nos primeiros anos do ensino fundamental. Em 2007, essa nota subiu para 4,2, ultrapassando as projeções, que indicavam um crescimento para 3,9 nesse período. O indicador já alcançou a meta para 2009. Se o ritmo for mantido, o Brasil chegará a uma média superior a 6,0 em 2022. É o mesmo que dizer que teremos uma educação compatível com países de primeiro mundo antes do previsto.


Com o Ideb, os sistemas municipais, estaduais e federal de ensino têm metas de qualidade para atingir. O índice, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep /MEC), mostra as condições de ensino no Brasil. A fixação da média seis a ser alcançada considerou o resultado obtido pelos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), quando se aplica a metodologia do Ideb em seus resultados educacionais. Seis foi a nota obtida pelos países desenvolvidos que ficaram entre os 20 mais bem colocados do mundo.


A partir da análise dos indicadores do Ideb, o MEC ofereceu apoio técnico ou financeiro aos municípios com índices insuficientes de qualidade de ensino. O aporte de recursos se deu a partir da adesão ao Compromisso Todos pela Educação e da elaboração do Plano de Ações Articuladas (PAR).
Em 2008, todos os 5.563 municípios brasileiros aderiram ao compromisso. O ministro da Educação, Fernando Haddad, telefonou pessoalmente para os 15 últimos prefeitos que ainda não haviam assinado o termo de adesão. No dia 30 de julho deste ano, foi completada a inscrição de 100% dos municípios brasileiros. Assim, todos os municípios e estados do Brasil se comprometeram a atingir metas como a alfabetização de todas as crianças até, no máximo, oito anos de idade.
O MEC dispõe de recursos adicionais aos do Fundo da Educação Básica (Fundeb) para investir nas ações de melhoria do Ideb. O Compromisso Todos pela Educação propõe diretrizes e estabelece metas para o Ideb das escolas e das redes municipais e estaduais de ensino.

Consulte seu Ideb http://ideb.inep.gov.br/Site/

PNLD E PNLEM




Funcionamento


O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e o Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM) têm, basicamente, a mesma forma de execução. As principais ações da execução são:



1) Inscrição das editoras - O edital que estabelece as regras para a inscrição do livro didático é publicado no Diário Oficial da União e no sítio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na internet. O edital também determina o prazo para a apresentação das obras pelas empresas detentoras de direitos autorais.



2) Triagem/Avaliação - Para analisar se as obras apresentadas se enquadram nas exigências técnicas e físicas do edital, é realizada uma triagem pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). Os livros selecionados são encaminhados à Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), responsável pela avaliação pedagógica. A SEB escolhe os especialistas para analisar as obras, conforme critérios divulgados no edital. Os especialistas elaboram as resenhas dos livros aprovados, que passam a compor o guia de livros didáticos.



3) Guia do livro - O FNDE publica o guia do livro didático em seu sítio na internet e envia o mesmo material impresso às escolas cadastradas no censo escolar.



4) Escolha - Os livros didáticos passam por um processo democrático de escolha, com base no guia do livro didático. Diretores e professores analisam e escolhem as obras que serão utilizadas.



5) Pedido - O professor possui duas alternativas para escolher os livros didáticos:
• A primeira alternativa é pela internet. De posse de senha previamente enviada pelo FNDE às escolas, os professores fazem a escolha on line em aplicativo específico para esse fim, disponível na página do FNDE.
• A segunda alternativa é pelo formulário impresso, remetido pelos correios. Nessa hipótese, o FNDE envia às escolas cadastradas no censo escolar, junto com o guia do livro didático, um formulário de escolha que deve ser usado pelos docentes para identificação das obras desejadas.



6) Aquisição - Após a compilação dos dados dos formulários impressos e dos pedidos feitos pela internet, o FNDE inicia o processo de negociação com as editoras. A aquisição é realizada por inexigibilidade de licitação, prevista na Lei 8.666/93, tendo em vista que as escolhas dos livros são efetivadas pelos professores.



7) Produção - Concluída a negociação, o FNDE firma o contrato e informa os quantitativos e as localidades de entrega para as editoras, que dão início à produção dos livros, com supervisão dos técnicos do FNDE.



8) Qualidade física - O FNDE tem parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Esse instituto é responsável pela coleta de amostras e pelas análises das características físicas dos livros, de acordo com especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), normas ISO e manuais de procedimentos de ensaio pré-elaborados.



9) Período de utilização - Cada aluno tem direito a um exemplar das disciplinas de língua portuguesa, matemática, ciências, história e geografia que serão estudadas durante o ano letivo. Confeccionado com uma estrutura física resistente, o livro deve ser reutilizado, por três anos consecutivos, beneficiando mais de um estudante nos anos subseqüentes, exceção feita à cartilha de alfabetização e aos livros de primeira série.



10) Alternância - Para a manutenção da uniformidade da alocação de recursos do FNDE com o programa – evitando grandes oscilações a cada ano – e em face do prazo de três anos de utilização dos livros, as compras integrais para alunos de segunda a quarta e de quinta a oitava série ocorrem em exercícios alternados. Nos intervalos das compras integrais, são feitas reposições, por extravios ou perdas, e complementações, por acréscimo de matrículas. Já os livros da primeira série são adquiridos anualmente.



11) Distribuição - A distribuição dos livros é feita diretamente pelas editoras às escolas, por meio de um contrato entre o FNDE e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Essa etapa do PNLD conta com o acompanhamento de técnicos do FNDE e das secretarias estaduais de Educação.



12) Recebimento - Os livros chegam às escolas entre outubro e o início do ano letivo. Nas zonas rurais, as obras são entregues na sede das prefeituras ou das secretarias municipais de educação, que devem entregar os livros às escolas localizadas nessas áreas.



13) Ampliação - O FNDE ampliou sua área de atuação e passou a distribuir, além dos livros didáticos para o ensino fundamental, também para o ensino médio, dicionários de língua portuguesa e obras em braille. O objetivo dessa ampliação é contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, a construção da cidadania e o desenvolvimento intelectual e cultural dos estudantes.



Livros em braille – A partir de 2001, o PNLD começou a atender, com livros didáticos em braille, de forma gradativa, os alunos portadores de deficiência visual que estão nas salas de aula do ensino regular das escolas públicas.



Livros para a educação especial - Em 2004, com a Resolução nº 40, de 24/8/2004, ficou instituído o atendimento aos alunos da educação especial das redes pública e privada definidas pelo censo escolar. Na rede privada, somente recebem livros os estudantes portadores de necessidades educacionais especiais das escolas filantrópicas e comunitárias.

Psicomotricidade na Educação Infantil !!!

Psicomotricidade na Educação Infantil !!!


DESENVOLVENDO CAPACIDADES

A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal e tem como objetivo principal incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança. Por meio das atividades, as crianças, além de se divertirem, criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem. Por isso, cada vez mais os educadores recomendam que os jogos e as brincadeiras ocupem um lugar de destaque no programa escolar desde a Educação Infantil.

A Psicomotricidade nada mais é que se relacionar através da ação, como um meio de tomada de consciência que une o ser corpo, o ser mente, o ser espírito, o ser natureza e o ser sociedade. A Psicomotricidade está associada à afetividade e à personalidade, porque o indivíduo utiliza seu corpo para demonstrar o que sente.

Vitor da Fonseca (1988) comenta que a "PSICOMOTRICIDADE" é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio.

Na Educação Infantil, a criança busca experiências em seu próprio corpo, formando conceitos e organizando o esquema corporal. A abordagem da Psicomotricidade irá permitir a compreensão da forma como a criança toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse corpo, localizando-se no tempo e no espaço. O movimento humano é construído em função de um objetivo. A partir de uma intenção como expressividade íntima, o movimento transforma-se em comportamento significante. É necessário que toda criança passe por todas as etapas em seu desenvolvimento.

O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo. Através da recreação a criança desenvolve suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento do comportamento psicomotor.Para que a criança desenvolva o controle mental de sua expressão motora, a recreação deve realizar atividades considerando seus níveis de maturação biológica. A recreação dirigida proporciona a aprendizagem das crianças em várias atividades esportivas que ajudam na conservação da saúde física, mental e no equilíbrio sócio-afetivo.

Segundo Barreto (2000), “O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo”. A educação da criança deve evidenciar a relação através do movimento de seu próprio corpo, levando em consideração sua idade, a cultura corporal e os seus interesses. A educação psicomotora para ser trabalhada necessita que sejam utilizadas as funções motoras, perceptivas, afetivas e sócio-motoras, pois assim a criança explora o ambiente, passa por experiências concretas, indispensáveis ao seu desenvolvimento intelectual, e é capaz de tomar consciência de si mesma e do mundo que a cerca.

Bons exemplos de atividades físicas são aquelas de caráter recreativo, que favorecem a consolidação de hábitos, o desenvolvimento corporal e mental, a melhoria da aptidão física, a socialização, a criatividade; tudo isso visando à formação da sua personalidade.

SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS PSICOMOTORES: engatinhar, rolar, balançar, dar cambalhotas, se equilibrar em um só pé, andar para os lados, equilibrar e caminhar sobre uma linha no chão e materiais variados (passeios ao ar livre), etc.....

Pode-se afirmar, então, que a recreação, através de atividades afetivas e psicomotoras, constitui-se num fator de equilíbrio na vida das pessoas, expresso na interação entre o espírito e o corpo, a afetividade e a energia, o indivíduo e o grupo, promovendo a totalidade do ser humano.

Trabalhar com a diferença !!













Elmer o Elefante

Era uma vez uma manada de elefantes. Elefantes novos, elefantes velhos, elefantes altos, magros ou gordos. Elefantes assim, elefantes assado, todos diferentes, mas todos felizes e todos da mesma cor. Todos, quer dizer, menos o Elmer.
O Elmer era diferente.
O Elmer era aos quadrados.
O Elmer era amarelo e cor de laranja e encarnado e cor-de-rosa e roxo e azul e verde e preto e branco.
O Elmer não era cor de elefante.
Era o Elmer que mantinha os elefantes felizes. Às vezes era ele que pregava partidas aos outros elefantes, às vezes eram eles que lhe pregavam partidas. Mas quando havia um sorriso, mesmo pequenino, normalmente era o Elmer que o tinha causado.
Uma noite o Elmer não conseguia dormir; estava a pensar, e o pensamento que ele estava a pensar era que estava farto de ser diferente. “Quem é que já ouviu falar de um elefante aos quadrados”, pensou ele. “Não admira que se riam de mim.” De manhã, enquanto os outros ainda estavam meio a dormir, o Elmer escapou-se muito de mansinho, sem ninguém dar por isso.

Enquanto atravessava a floresta, o Elmer encontrou outros animais.
Todos eles diziam: “Bom dia, Elmer.” E de cada vez o Elmer sorria e dizia: “Bom dia.”
Depois de muito andar, o Elmer encontrou aquilo que procurava – um grande arbusto. Um grande arbusto coberto de frutos cor de elefante. O Elmer agarrou-se ao arbusto e abanou-o e tornou a abaná-lo até que os frutos terem caído todos no chão.
Depois de o chão estar todo coberto de frutos, o Elmer deitou-se e
rebolou-se para um lado e outro, uma vez e outra vez. Depois pegou em cachos de frutos e esfregou-se todo com eles, cobrindo-se com o sumo dos frutos, até não haver sinais de amarelo, nem cor de laranja, nem de encarnado, nem de cor-de-rosa, nem de roxo, nem de azul, nem de verde, nem de preto, nem de branco. Quando o acabou, Elmer estava parecido com outro elefante qualquer.
Depois o Elmer dirigiu-se de regresso à manada. De caminho voltou a passar pelos outros animais. Desta vez cada um deles disse-lhe: “Bom dia, elefante.” E de cada vez que Elmer sorriu e disse: “Bom dia”, muito satisfeito por não ser reconhecido.
Quando o Elmer se juntou aos outros elefantes, eles estavam todos muito quietos. Nenhum deles deu pelo Elmer enquanto ele se metia no meio da manada.
Passado um bocado o Elmer sentiu que havia qualquer coisa que não estava bem. Mas que seria? Olhou em volta: a mesma selva de sempre, o meu céu luminoso de sempre, a mesma nuvem escura que aparecia de tempos em tempos, e por fim os mesmos elefantes de sempre. O Elmer olhou para eles.
Os elefantes estavam absolutamente imóveis. O Elmer nunca os tinha visto tão sérios. Quanto mais olhava para os elefantes sérios, silenciosos, sossegados, soturnos, mais vontade tinha de rir. Por fim não conseguia aguentar mais. Levantou a tromba e berrou com quanta força tinha:
BUUU!
Com a surpresa, os elefantes deram um salto e caíram cada um para seu lado. “São Trombino nos valha!”, disseram eles, e depois viram o Elmer a rir perdidamente. “Elmer”, disseram eles. “Tem de ser o Elmer.” E depois s outros elefantes também se riram como nunca se tinham rido.
Enquanto se estavam a rir a nuvem escura apareceu, e quando a chuva começou a cair em cima do Elmer os quadrados começaram a aparecer outra vez. Os elefantes não paravam de rir enquanto o Elmer voltava às cores do costume. “Oh Elmer”, ofegou um velho elefante. “Já tens pregado boas partidas, mas esta foi a melhor de todas. Não levaste muito a mostrar as tuas verdadeiras cores.”
“Temos de comemorar este dia todos os anos”, disse outro. “Vai ser o dia do Elmer. Todos os elefantes vão ter de se pintar e o Elmer vai-se pintar de cor de elefante.”
E é isto mesmo que os elefantes fazem. Num certo dia do ano, pintam-se todos e desfilam. Nesse dia, se vires um elefante com a cor vulgar de um elefante, já sabes que deve ser o Elmer.

MCKEE, D. (1997). Elmer (Tradução de J. Oliveira, 4ª edição). Lisboa: Caminho.

Ideias para trabalhar !!!



Com o alfabeto, com o tempo e com o calendário !

Atividade para trabalhar com Regiões brasileiras e suas lendas!!!!




Esta atividade foi adaptada do Jogo das Regiões publicada na Revista Projetos Escolares de Ed. Infantil N° 51.

Primeiramente imprimi o mapa das regiões brasileiras e as figuras dos personagens folclóricos trabalhados:

Comecei apresentando a fotocópia de cada região separadamente e falando do personagem originário de cada região, assim fui montando o mapa.
Depois as embaralhei e uma criança por vez foi colocando as regiões nos lugares para formar o mapa do Brasil.

Entrevista com João Beauclair !


O que é psicopedagogia? De leigos a estudantes de psicopedagogia, muitos ainda questionam sobre a função do psicopedagogo nos diversos âmbitos: educação, saúde, ação social, clínica e institucional.

Para entender o que é Psicopedagogia, acredito ser importante ir além da simples junção dos conhecimentos oriundos da Psicologia e da Pedagogia, que ocorre com bastante freqüência no senso comum, isto porque, em sua própria denominação Psicopedagogia aparece “suas partes constitutivas – psicologia + pedagogia – e que oferece uma definição reducionista a seu respeito”, como nos ensina Julia Eugenia Gonçalves .

Na realidade, a Psicopedagogia é um campo do conhecimento que se propõe a integrar, de modo coerente, conhecimentos e princípios de diferentes Ciências Humanas com a meta de adquirir uma ampla compreensão sobre os variados processos inerentes ao aprender humano. Enquanto área de conhecimento multidisciplinar, interessa a Psicopedagogia compreender como ocorre os processos de aprendizagem e entender as possíveis dificuldades situadas neste movimento. Para tal, faz uso da integração e síntese de vários campos do conhecimento, tais com a Psicologia, a Psicanálise, a Filosofia, a Psicologia Transpessoal, a Pedagogia, a Neurologia, entre outros.



Por que a Psicopedagogia não tem seu papel claro na formação do/a Psicopedagogo/a?

Vivenciar Psicopedagogia é um estado de ser e estar sempre em formação, projetação e em processo de criação. Criação de sentidos para nossa própria trajetória enquanto aprendentes e ensinantes, enquanto seres viventes na complexa gama de relações que estabelecemos com o nosso tempo e espaço humano. Todas as nossas ações e produções, por serem humanas, estão sempre em processo de permanente abertura, colocadas num prisma próprio para novas interpretações e busca de significados e sentidos, situadas num movimento incessante de desconstrução e de re-construção. Dizendo isso de uma outra forma, posso afirmar que, no nosso tempo de reconfiguração de paradigmas, os conceitos estão constantemente sendo revistos e ganhando novos significados; com a Psicopedagogia não podia ser diferente, visto que o pensar reflexivo sobre esta área do conhecimento se constitui uma das importantes tarefas a ser desempenhada por quem lhe tem como campo de ação, profissionalidade, dedicação e estudo. Mas será que realmente a Psicopedagogia não tem seu papel claro na formação do/a Psicopedagogo/a? Ou isto é um mito que precisa ser reconsiderado?



Qual o papel do psicopedagogo nas áreas possíveis de atuação?

Sabendo que, na verdade, a Psicopedagogia é um campo de atuação que, ao atuar de forma preventiva e terapêutica, posiciona-se para o compreender os processos do desenvolvimento e das aprendizagens humanas, recorrendo a várias áreas e estratégias pedagógicas objetivando se ocupar dos problemas que podem surgir nos processos de transmissão e apropriação dos conhecimentos (possíveis dificuldades e transtornos) , o papel essencial do psicopedagogo é o de ser mediador em todo esse movimento. Se for além da simples junção dos conhecimentos da Psicologia e da Pedagogia, o psicopedagogo pode atuar em diferentes campos de ação, situando-se tanto na Saúde como na Educação, já que seu fazer visa compreender as variadas dimensões da aprendizagem humana, que, afinal, ocorrem em todos os espaços e tempos sociais.



O modelo argentino da psicopedagogia no trabalho multidisciplinar em hospitais e escolas é institucionalizado. No Brasil apesar de se falar muito no trabalho multidisciplinar, pouco se vê desta atuação. Você acredita que somente com a regulamentação da profissão isto se tornará uma realidade?

Talvez o trabalho multidisciplinar institucionalizado ainda não seja prática comum nem mesmo em outros países, com raras exceções, evidentemente. O paradigma cartesiano-positivista ainda é o grande entrave a ser superado para que se possa pensar em um outro modo de fazer ciência e cuidar das pessoas. É necessário um processo longo, a ser vivenciado ainda por um bom tempo como desafio a ser superado. O modelo argentino de Psicopedagogia, com o trabalho multidisciplinar em hospitais e escolas também teve sua trajetória de luta, como em muitos momentos nos apontaram Jorge Visca e Alícia Fernandéz. Realmente em nosso país, esta atuação ainda é restrita de fato. E um ponto essencial para tal é a regulamentação da profissão: esta questão é primordial para o avançar da profissionalidade do psicopedagogo. A meu ver, é um processo muito rico a ser vivido por todos nós psicopedagogos.



Ao falarmos de transdisciplinaridade na Psicopedagogia, pressupomos que a prática e o olhar psicopedagógico objetivem: aceitar um novo paradigma; ter preparação teórica adequada; possuir conhecimento prático suficiente; estar capacitado pedagogicamente e psicopedagogicamente; ser aberto e criativo; conhecer as novas tecnologias; atualizar-se permanentemente; entender e aceitar a diversidade discente. Em sua experiência acadêmica, isto é ensinado nos cursos de psicopedagogia?

Se não é ensinado, pelo menos vivenciado enquanto perspectiva, caminho a ser trilhado não resta a menor dúvida. Compreendo que o psicopedagogo é um pesquisador permanente, um sujeito que, a cada movimento, ação e conduta enquanto profissional, busca alternativas para os dilemas, tensões, limites que lhe surgem, vislumbrando sempre novas possibilidades. E tudo é processo, movimento. Precisamos acreditar, cada vez mais, no ensinamento de nossa mestra Ivani Fazenda, que nos diz da importância da espera, da humildade, do conduzir-se com harmonia e perseverança em tudo o que se refere a mudanças de paradigmas. O cuidado maior, a meu ver, deve ser efetivamente, com a proliferação dos cursos de Psicopedagogia pelo Brasil sem as devidas orientações. A ABPp esforça-se, de modo contundente, em mostrar o quanto é necessário ter preparação teórica adequada e possuir conhecimento prático suficiente, além de sugerir caminhos para a organização curricular de cursos de especialização em Psicopedagogia. Na minha vivência, enquanto docente da área em diferentes cursos de formação em Psicopedagogia no país, observo o esforço imenso em fazer o melhor, pois afinal estar capacitado pedagogicamente e psicopedagogicamente, ser aberto e criativo, conhecer as novas tecnologias, atualizar-se permanentemente; entender e aceitar a diversidade discente são desafios imensos, para uma vida inteira. O essencial, acredito, é o desejar fazer o melhor possível e neste desejar, realizar.



Em julho próximo, no Fórum da ABPp – Associação Brasileira de Psicopedagogia, você estará lançando o primeiro livro da Coleção “Olhar Psicopedagógico”, da Editora WAK, do Rio de Janeiro, com o tema “Psicopedagogia: trabalhando competências, criando Habilidades”. Por quê a escolha deste tema?

A Coleção Olhar Psicopedagógico é uma aposta na continuidade da produção acadêmica e no surgimento e divulgação de novos autores em Psicopedagogia no Brasil. Em São Paulo, no ano passado, ao participar como conferencista convidado e docente de um curso sobre a construção do olhar do Psicopedagogo no II Congresso Latino Americano de Psicopedagogia promovido pela ABPP, numa conversa informal, Alícia Fernandez me falou sobre como o Brasil, por sua diversidade e criatividade, pode e tem contribuído para a avançar do campo psicopedagógico. A escolha do tema talvez esteja vinculada a isso: nos meus processos de autoria de pensamento, também posso contribuir para o debate, posso elaborar outras possibilidades, evidenciar outros aspectos à reflexão. Ter competências e habilidades em nossos fazeres cotidianos, tanto nos espaços clínicos e/ou institucionais é questão primordial para nossa própria vivência e sobrevivência enquanto formadores e profissionais em Psicopedagogia.



Qual a importância em se debater este tema e quais são as competências e habilidades do psicopedagogo?

A importância em se debater este tema reside, a meu ver, na busca mesma do reconhecimento e da importância da atuação do psicopedagogo em nosso tempo presente. O que está construído neste meu livro é um referencial, uma matriz de competências, vinculadas a habilidades básicas para o seu desenvolvimento. Aqui não me cabe, por questões de espaço e lugar, ampliar e desenvolver todas elas, mas a primeira destas competências está voltada para a necessidade do psicopedagogo estabelecer elos de conexão com as principais articulações e correntes teóricas contemporâneas, propondo-se a busca permanente da teoria na construção de suas práticas profissionais, principalmente no que concerne aos pressupostos da transdisciplinaridade e da complexidade. E a última está vinculada ao vivenciar, efetivamente, em sua vida pessoal cotidiana a máxima de ser um eterno aprendiz, exercendo nesta vivência senso crítico, humildade, serenidade, escuta, espera, olhar atento, intuição e novas formas de compreensão da complexidade inerente aos diferentes aspectos da realidade. Para cada competência – elas são sete, há uma proposta de três habilidades básicas, ou seja, no livro há uma matriz de competências com as habilidades básicas para cada uma delas. O continuar deste meu trabalho agora está na elaboração de estratégias facilitadoras deste movimento. Meu desejo é contribuir para o debate e abrir outras possibilidades de interlocução.



Estamos sabendo que outros livros virão, poderia nos adiantar quais serão os temas?

Como coordenador da coleção, discuto com o Pedro, nosso editor da WAK, sobre os temas que acreditamos ser de fundamental importância atualmente no campo da Psicopedagogia no Brasil. O próximo volume, que dependendo de todo um processo que estamos vivendo agora, poderá também ser lançado no Fórum da ABPp em julho e contém artigos de diferentes autores que atuam em distintos estados brasileiros. É um volume intitulado Psicopedagogia: espaço de ação, construção de saberes, onde teremos artigos de Ieda Boechat, José Artur Bastos, Julia Eugenia Gonçalves, Dulce Consuelo, Elizabeth Borges, Adriana Schimidt e um texto de minha autoria com temas vinculados ao aprofundamento psicopedagógico. O terceiro volume, sobre Psicopedagogia Institucional e ainda sem título definido também já está sendo organizado, com artigos de Maria Irene Maluf, Simaia Sampaio, Geni Lima, Maria Taís de Melo, Márcia Siqueira de Andrade, Julia Eugenia Gonçalves e um outro artigo meu onde relato sobre uma experiência de formação em Psicopedagogia Institucional vivenciada recentemente. O quarto volume, ainda sem autores efetivamente confirmados, ainda está em elaboração e em processo de seleção de artigos e tratará sobre o tema “dificuldades” em aprendizagem e as possibilidades de intervenção do psicopedagogo. É um trabalho muito gratificante e nossa contribuição pretende ser a melhor possível, afinal, é uma maneira de estarmos auxiliando no reconhecimento de nossa própria área de formação e atuação, que tanto nos estimula a irmos adiante em nossa trajetória enquanto aprendente e ensinantes.



Você participa de grupos de discussão através da Internet? Como tem sido sua experiência?

Este pergunta é muito interessante. Sempre brinco em minhas palestras, cursos, conferências e oficinas que eu divido a minha trajetória enquanto aprendenteensinante em dois momentos distintos: em a.C. e d.C. , ou seja, antes e depois do computador em minha vida, pois tal tecnologia me permitiu e ainda me permite ampliar perspectivas de aprendizagem e o que considero fascinante: as possibilidades de aproximação que temos com os que atuam e se interessam pelos temas que estudamos e dedicamos nossas pesquisas e leituras. Meu encontro com a Psicopedagogia se deu desta forma, através de um desses encontros: Julia Eugenia Gonçalves, atualmente presidente da Fundação Aprender, em Varginha, Minas Gerais, é moderadora de um grupo de discussão que eu participo faz anos e nossos intercâmbios sempre foram excelentes. Recentemente fui convidado pela Dr. Márcia Siqueira de Andrade, do Instituto de Psicopedagogia da UNISA, a participar de um outro grupo, o ILAPp, e novos intercâmbios estão sendo feitos, novas aproximações e contatos estão surgindo, inclusive com a possibilidade de termos, desta forma, novas idéias para outros volumes da Coleção Olhar Psicopedagógico e outros projetos em comum: é o que eu chamo sempre de aprendizagem colaborativa. Também modero duas listas de discussão no yahoogrupos, onde troco e-mails com alunos, colegas de trabalho, divulgo eventos em educação, temas interessantes em Psicopedagogia, bibliografias, lançamentos de livros, indicação de sites, fóruns, congressos, enfim, estimulo outras pessoas a participarem desta rede fundamental ao nosso ser e estar no mundo, ampliando sempre nossos movimentos e exercendo nossas competências e sensibilidades solidárias, como nos ensina Hugo Assmann e Jung Mo Sung. Isto sem falar no meu próprio site, www.profjoaoabeauclair.kit.net , onde divulgo minhas ações de consultoria e oficinas de formação em educação e psicopedagogia.



Faz-se Psicopedagogia nesta mídia interativa?

A Internet é efetivamente uma mídia interativa fabulosa e essencial ao nosso tempo presente. Talvez não possa afirmar definitivamente que se faz Psicopedagogia com esta mídia interativa de forma direta, mas que com certeza é ferramenta de importância ímpar para o seu desenvolvimento, isso é inegável. Mas, infelizmente, ainda há, por incrível que pareça resistência em relação ao seu uso com este objetivo. Mas, não tenhamos pressa, afinal, como nos ensina o poeta espanhol Antonio Machado, “caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao caminhar.” Adelante!





Leia sinopse do livro "PSICOPEDAGOGIA - TRABALHANDO COMPETÊNCIAS, CRIANDO HABILIDADES" Autor:JOÃO BEAUCLAIR; Editora: WAK EDITORA entrando no endereço: http://www.psicopedagogia.com.br/lancamento/lancamento.shtml

Publicado em 29/06/2004 16:57:00

João Beauclair - Doutorando em Intervenção Psicossocioeducativa pela Universidade de Vigo,Campus de Ourense, Galícia Espanha. Palestrante e Conferencista Internacional. Autor de vários livros sobre Educação e Psicopedagogia; Professor convidado por diversas instituições ministrar cursos de Pós-graduação em Educação e Psicopedagogia em diferentes regiões do Brasil; Escritor, Arte-educador, Psicopedagogo, Mestre em Educação.
homepage: http://www.profjoaobeauclair.net

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Carlos Roberto Jamil Cury !!!!


Ele é um dos maiores especialistas em políticas públicas na área de Educação no Brasil. Participou do processo de transição da antiga Lei de Diretrizes e Bases (LDB) para a atual na condição de presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. Foi presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), uma das mais importantes agências de fomento à pesquisa científica brasileira. E se mostra otimista. Carlos Roberto Jamil Cury -que hoje é professor da PUC de Minas Gerais -está convencido de que a formação escolar entrará cada vez mais na pauta da sociedade contemporânea. E mais: acredita que existe vontade política para promover uma mudança qualitativa na Educação nacional. O diretor? Como fica nesse contexto? “Não há saída. O gestor tem de se qualificar para enfrentar os desafios da função."

Quer saber mais ? acesse http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/entrevista-carlos-jamil-cury-404785.shtml

Ovíde Decroly


Frases de Ovide Decroly:

“Convém que o trabalho das crianças não seja uma simples cópia; é necessário que seja realmente a expressão de seu pensamento”

“O meio natural é o verdadeiro material intuitivo capaz de estimular forças escondidas da criança”


Ovide Decroly nasceu em 1871,em Renaix, na Bélgica, filho de um industrial e de uma professora de música. Como estudante, não teve dificuldade de aprendizado, mas, por causa de indisciplina, foi expulso de várias escolas. Recusava-se a freqüentar as aulas de catecismo. Mais tarde preconizaria um modelo de ensino não-autoritário e não-religioso. Formou-se em medicina e estudou neurologia na Bélgica e na Alemanha. Sua atenção voltou-se desde o início para as crianças deficientes mentais. Esse interesse o levou a fazer a transição da medicina para a educação. Por essa época criou uma disciplina, a "pedotecnia", dirigida ao estudo das atividades pedagógicas coordenadas ao conhecimento da evolução física e mental das crianças. Casou-se e teve três filhos. Em 1907, fundou a École de l’Ermitage, em Bruxelas, para crianças consideradas "normais". A escola, que se tornou célebre em toda a Europa, serviu de espaço de experimentação para o próprio Decroly. A partir de então, viajou pela Europa e pela América, fazendo contatos com diversos educadores, entre eles o norte-americano John Dewey (1859-1952). Decroly escreveu mais de 400 livros, mas nunca sistematizou seu método por escrito, por julgá-lo em construção permanente. Morreu em 1932, em Uccle, na região de Bruxelas.

Entre os pensadores da educação que, na virada do século 19 para o 20, contestaram o modelo de escola que existia até então e propuseram uma nova concepção de ensino, o belga Ovide Decroly foi provavelmente o mais combativo. Por ter sido, na infância, um estudante indisciplinado, que não se adaptava ao autoritarismo da sala de aula nem do próprio pai, Decroly dedicou-se apaixonadamente a experimentar uma escola centrada no aluno, e não no professor, e que preparasse as crianças para viver em sociedade, em vez de simplesmente fornecer a elas conhecimentos destinados a sua formação profissional.

Decroly foi um dos precursores dos métodos ativos, fundamentados na possibilidade de o aluno conduzir o próprio aprendizado e, assim, aprender a aprender. Alguns de seus pensamentos estão bem vivos nas salas de aula e coincidem com propostas pedagógicas difundidas atualmente. É o caso da idéia de globalização de conhecimentos – que inclui o chamado método global de alfabetização – e dos centros de interesse.

O princípio de globalização de Decroly se baseia na idéia de que as crianças apreendem o mundo com base em uma visão do todo, que posteriormente pode se organizar em partes, ou seja, que vai do caos à ordem. O modo mais adequado de aprender a ler, portanto, teria seu início nas atividades de associação de significados, de discursos completos, e não do conhecimento isolado de sílabas e letras. “Decroly lança a idéia do caráter global da vida intelectual, o princípio de que um conhecimento evoca outro e assim sucessivamente”, diz Marisa Del Cioppo Elias, professora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Os centros de interesse são grupos de aprendizado organizados segundo faixas de idade dos estudantes. Eles também foram concebidos com base nas etapas da evolução neurológica infantil e na convicção de que as crianças entram na escola dotadas de condições biológicas suficientes para procurar e desenvolver os conhecimentos de seu interesse. “A criança tem espírito de observação; basta não matá-lo”, escreveu Decroly.

Necessidade e interesse

O conceito de interesse é fundamental no pensamento de Decroly. Segundo ele, a necessidade gera o interesse e só este leva ao conhecimento. Fortemente influenciado pelas idéias sobre a natureza intrínseca do ser humano preconizadas por Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), Decroly atribuía às necessidades básicas a eterminação da vida intelectual. Para ele, as quatro necessidades humanas principais são comer, abrigar-se, defender- se e produzir.

A trajetória intelectual e profissional de Decroly se assemelha à da contemporânea Maria Montessori (1870-1952). Como a italiana, o educador belga se formou em medicina. Encaminhando- se para a neurologia, também como ela trabalhou com deficientes mentais, criou métodos baseados na observação e aplicouos à educação de crianças consideradas “normais”. Ambos acreditavam que o ensino deveria se aproveitar das aptidões naturais de cada faixa etária.

Mas, ao contrário de Montessori, cujo método previa o atendimento individual na sala de aula, Decroly preferia o trabalho em grupos, uma vez que a escola, para ele, deveria preparar para o convívio em sociedade. Outra diferença é que a escola montessoriana recebe as crianças em ambientes preparados para tornar produtivos os impulsos naturais dos alunos, enquanto a escola-oficina de Decroly trabalha com elementos reais, saídos do dia-a-dia.

Os métodos e as atividades propostos pelo educador têm por objetivo, fundamentalmente, desenvolver três atributos: a observação, a associação e a expressão. A observação é compreendida como uma atitude constante no processo educativo. A associação permite que o conhecimento adquirido pela observação seja entendido em termos de tempo e de espaço. E a expressão faz com que a criança externe e compartilhe o que aprendeu.


Linguagens múltiplas

No campo da expressão, Decroly dedicou cuidadosa atenção à questão da linguagem. Para ele, não só a palavra é meio de expressão mas também, entre outros, o corpo, o desenho, a construção e a arte.

Com a ampliação do conceito de linguagem, que a lingüística viria a corroborar, Decroly pretendia dissociar a idéia de inteligência da capacidade de dominar a linguagem convencional, valorizando expressões “concretas” como os trabalhos manuais, os esportes e os desenhos.


Escolas que são oficinas

A marca principal da escola decroliana são os centros de interesse, nos quais os alunos escolhem o que querem aprender. São eles também que constroem o próprio currículo, segundo sua curiosidade e sem a separação tradicional entre as disciplinas. “Hoje se fala tanto em interdisciplinaridade e projetos didáticos. Isso nada mais é do que os centros de interesse”, diz a professora Marisa del Cioppo Elias. Os planos de estudo dos centros de interesse podem surgir, entre as crianças menores, das questões mais corriqueiras.

A marca principal da escola decroliana são os centros de interesse, nos quais os alunos escolhem o que querem aprender. São eles também que constroem o próprio currículo, segundo sua curiosidade e sem a separação tradicional entre as disciplinas. “Hoje se fala tanto em interdisciplinaridade e projetos didáticos. Isso nada mais é do que os centros de interesse”, diz a professora Marisa del Cioppo Elias. Os planos de estudo dos centros de interesse podem surgir, entre as crianças menores, das questões mais corriqueiras.


Para pensar

Decroly ficou chocado coma realidade que conheceu ao trabalhar com deficientes – a maioria recém-saída de uma experiência de marginalização e fracasso nas escolas públicas. O médico equiparava parte dos institutos de educação dos bairros pobres a hospícios e casas de correção para delinqüentes. Decroly concebia as relações dentro da escola como uma sociedade em miniatura. Elas teriam função preventiva, de garantir formação intelectual, física e moral sólida para construir uma vida de cidadão. Essa formação deveria ser conduzida pelas próprias crianças desde os primeiros anos de escola. E você, o que acha? A melhor forma de a escola se organizar é mesmo por meio dos interesses dos alunos?